Às margens do Ipiranga foi escrito o óbito do Brasil, o óbito brasileiro. No discurso monarquista, no discurso republicano, na ditadura profana e nessa porca democracia estão o sepultamento implícito, a tragédia explícita.
Das reclamações do bar até os castos discursos repúblicanos, essa ideologia que me causa repugnância revira meu estômago recheado pela feijoada domingueira e pela frustração da ausência de um feriado semanal, pela ausência de um dia que me entorpece. As costeletas peludas de Dom Pedro I boiavam no caldo que embalsamava e irrigava o feijão preto. Essas costeletas peludas que não diferem da barba messiânica do filho e nem do terno italiano do Maluf Salim, nem dessas personalidades pseudo-africanas, desses amantes-do-marfim. Amantes da África Brasileira que ouviram no Ipiranga, às margens turvas.
Então, quando as aulas de segunda-feira no pré-primário iniciarem, provavelmente estamparão um quadro de Pedro Américo e um discurso homérico. Enquanto o script é cumprido, enquanto o pobre está faminto e o pseudo-rico preocupado lhe cede esmola, o calor brasileiro embolora a bandeira rasgada na lata de lixo, nesse país do bicho.
Das reclamações do bar até os castos discursos repúblicanos, essa ideologia que me causa repugnância revira meu estômago recheado pela feijoada domingueira e pela frustração da ausência de um feriado semanal, pela ausência de um dia que me entorpece. As costeletas peludas de Dom Pedro I boiavam no caldo que embalsamava e irrigava o feijão preto. Essas costeletas peludas que não diferem da barba messiânica do filho e nem do terno italiano do Maluf Salim, nem dessas personalidades pseudo-africanas, desses amantes-do-marfim. Amantes da África Brasileira que ouviram no Ipiranga, às margens turvas.
Então, quando as aulas de segunda-feira no pré-primário iniciarem, provavelmente estamparão um quadro de Pedro Américo e um discurso homérico. Enquanto o script é cumprido, enquanto o pobre está faminto e o pseudo-rico preocupado lhe cede esmola, o calor brasileiro embolora a bandeira rasgada na lata de lixo, nesse país do bicho.
10 comentários:
Bravíssimo, Pedro! Bem escrito e, infelizmente, verídico.
obrigado pelo elogio =]
*aplausos*
Não temos orgulho de nossa independência, não lutamos por ela e não temos muito o que comemorar em sete de setembro, afinal tudo foi resolvido em família.
VIVA O BRASIL!
Se não gosta, vá embora!
Ame-o ou deixe-o?
Agora a gnt ja sabe de qual período no Brasil o Jorge é fã
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