Ressalto que a internet é sempre para criadores.
Programadores, designers na web e outros especialistas técnicos podem conectar todo o tipo de aplicativo, linguagem ou inovação nessa grande rede que é a web. Mas a constatação óbvia e mais boba é que eles e os espaços que eles criam não são nada sem nós escritores, jornalistas, documentaristas e desenvolvedores de conteúdo.
Blogs não proliferaram por acaso: com o espaço cedido gratuitamente para qualquer um escrever, é óbvio que aqueles que são minimamente curiosos tentarão criar e recriar seus espaços próprios. No entanto, a manutenção deles e o reconhecimento só chega para aqueles que realmente desenvolvem alguma informação, sendo ela útil ou inútil, legível ou ilegível, popular ou segmentada.
Faço então a defesa dessas pessoas. Não se trata apenas de defender blogueiros ou um tipo específico de desenvolvedor. Não se trata de defender o twitter ou as mídias sociais. Não se fala de espaços ou de usuários quando falamos de conteúdo, mas sim dos indivíduos aptos a escrever, seja no seu tempo livre ou por força da profissão que exerce.
Então, caso você esteja lendo este site na web, ou outros, saiba que não precisa ficar apenas lendo. Se você está na moda dos tweets, saiba que deveria estar criando algum texto para ser divulgado nesses meios socializados. Caso você esteja imerso em várias idéias contidas em vários links, saiba que não está sozinho.
E dessa posição de acreditar nos desenvolvedores, também lanço um incentivo: não fique parado na frente do computador pensando e desperdiçando tempo. Na verdade, qualquer lugar, inclusive fora da web, é espaço para idéias novas. Mas aqui é especial. Aqui você pode disseminar algo em questão de minutos com apenas o custo da sua conexão.
Este texto não traz nada de aparentemente novo, ele é apenas resultado dos tempos atuais. Valorizam demasiadamente o twitter e as mensagens de 140 caracteres que seguram, quase sempre, um link. Algumas pessoas fazem uma leitura exaltada dizendo que os microblogs vão substituir os blogs e sites. Não me parece plausível que textos menores, interligados com outros maiores, apague o desenvolvimento maior de conteúdo. A palavra que deveria marcar, entre todas as mídias, deveria ser a soma, o agregar, mesmo que soe clichê demais.
Por isso, e por muitos outros motivos, desenvolva. Crie sua figura, seu material exclusivo e dê suas pautas, por uma internet melhor, menos repetitiva e cada vez mais repleta de indivíduos interessantes que geram assuntos distintos. Não tenha medo de conflitar suas idéias em fóruns, ter bate-bocas no orkut e até de desperdiçar tempo vendo informações totalmente inúteis.
Fala-se de um público que lê apenas o que lhe interessa. No entanto, há pouco incentivo para a criação, para uma leitura que agrega e que pode tomar outras direções, mesmo tratando de assuntos voltados para um determinado nicho.
4 comentários:
Eu ainda enxergo muito preconceito de muitas pessoas em relação àquilo que vem da internet, que surge dela. Até mesmo pessoas que utilizam a rede, seja como observador ou ativamente. Muitas pessoas ainda desconfiam muito do conteúdo que está por aí. Com razão, claro, mas muitas vezes sem respeito algum também. Me parece errado menosprezar uma informação que vem de um blog em detrimento de um jornal impresso. É como se o jornalista que está lá dentro da redação merecesse ser levado mais a sério do que o que está atrás da tela de um computador, produzindo conteúdo de tão igual (ou até superior) conteúdo.
E é assim: uma divagação atrás da outra sobre o assunto. Ao mesmo tempo que a internet expande-se de forma assustadora e parecemos saber dominá-la, ainda não sabemos exatamente como fazer isso.
O twitter vai matar o resto? Não, obvio que não. Mas ele aponta tendencias, e elas são claras em seus aspectos positivos e negativos. A questão que fica não é se a produção fica comprometida, mas a qualidade dela. O quanto ela vai se manter boa o suficiente. O qnto ela vai ser original, e não feita por assessorias de imprensa, reproduzidas tanto na internet qnto no jornal impresso sem mudar uma virgula. Acredito que o espaço dos criadores na internet esta muito bem encaminhado, tem espaço pra tudo e todos. Mas no jornal impresso e no jornalismo de fato, não sei não...
concordo com a ana: parecemos saber dominar a internet. ao q me parece a internet parece com um touro enorme e indomável nesse aspecto. por outro, vejo tbm como um excelente canal disseminador de ideias e conteudos. sobre o twitter, confesso q tenho preconceito, não acho muito legal, prefiro os blogs. mas se o twitter for usado pra divulgação de boas idéias, pq não usá-lo?
exato, Eduardo.
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