O legado mais direto aos vocais graves de Ian Curtis veio com certo atraso – a formação de seu guitarrista Bernard Summers no New Order fez música eletrônica na onda do Pet Shop Boys até 2007, consolidando não um rock com letras fortes ou depressivas. Interpol, grupo formado pela voz e guitarra base de Paul Banks, o baixo de Carlos Dengler, a bateria de Sam Fogarino além da guitarra semi-acústica de Daniel Kessler, trazem a essência do grupo de Curtis com um pouco de “luz”, ou seja, letras um pouco mais esperançosas.
Nova Iorque e os Estados Unidos, num sentido mais generalizado, justificam o surgimento do Interpol: as bandas de indie rock estão revisitando períodos distintos do rock em si. Enquanto a inspiração de The Killers veio do New Order, com vários teclados típicos de Las Vegas, os novaiorquinos trazem temas urbanos, da decadência às histórias mais simples.
Antics, em 2004, ao contrário do CD de estréia Turn On The Bright Lights, consolida Interpol com músicas mais felizes, apesar das origens obscuras e melancólicas no Joy Division. O contrabaixo de Carlos Dengler marca esse material à partir segunda faixa, “Evil”, que é recheado por uma letra irônica (com referencias à serial killer britânica Rosemary) e uma guitarra que procura acompanhar os graves da canção, sem roubar a atenção.
“Narc”, a faixa seguinte, dá menos destaque para a participação de Carlos, embora esteja presente e simultânea a de Daniel, na guitarra. O que se evidencia na terceira música é a voz de Paul Banks, que, apesar da semelhança com Ian Curtis, consegue manipular com mais facilidade uma sonoridade mais aguda, tornando seu desempenho extremamente apreciável, acessível.
Sobre amores distantes e sensações inesquecíveis, “Take You On A Cruise” cumpre seu papel como balada e novamente coloca Paul como um vocalista que atende às expectativas do ouvinte, sem fazer muitos apelos. Em oposição a essa música, “Slow Hands” tem uma introdução onde a guitarra semi-acústica de Daniel rouba a cena, com um timbre bem mais encorpado e menos artificial que as guitarras elétricas maciças. Com uma letra sobre abandono, a guitarra soma-se à voz e à bateria de Sam, que se apresenta em sincronia.
A energia de “Slow Hands” segue em “Not Even Jail”. Começando novamente com o contrabaixo em destaque, a guitarra soa mais tímida, de fundo. Uma letra que começa melancólica revela uma banda de músicas esperançosas. Paul Banks não é uma mera continuação de Joy Division ou de suas inspirações: é um vocalista com vitalidade própria, independente e seguro.
“Public Pevert” joga uma letra de materialismo sobre o amor, dialogando com seus paradoxos. Banks soa melódico na maior parte do tempo.
Nova Iorque e os Estados Unidos, num sentido mais generalizado, justificam o surgimento do Interpol: as bandas de indie rock estão revisitando períodos distintos do rock em si. Enquanto a inspiração de The Killers veio do New Order, com vários teclados típicos de Las Vegas, os novaiorquinos trazem temas urbanos, da decadência às histórias mais simples.
Antics, em 2004, ao contrário do CD de estréia Turn On The Bright Lights, consolida Interpol com músicas mais felizes, apesar das origens obscuras e melancólicas no Joy Division. O contrabaixo de Carlos Dengler marca esse material à partir segunda faixa, “Evil”, que é recheado por uma letra irônica (com referencias à serial killer britânica Rosemary) e uma guitarra que procura acompanhar os graves da canção, sem roubar a atenção.
“Narc”, a faixa seguinte, dá menos destaque para a participação de Carlos, embora esteja presente e simultânea a de Daniel, na guitarra. O que se evidencia na terceira música é a voz de Paul Banks, que, apesar da semelhança com Ian Curtis, consegue manipular com mais facilidade uma sonoridade mais aguda, tornando seu desempenho extremamente apreciável, acessível.
Sobre amores distantes e sensações inesquecíveis, “Take You On A Cruise” cumpre seu papel como balada e novamente coloca Paul como um vocalista que atende às expectativas do ouvinte, sem fazer muitos apelos. Em oposição a essa música, “Slow Hands” tem uma introdução onde a guitarra semi-acústica de Daniel rouba a cena, com um timbre bem mais encorpado e menos artificial que as guitarras elétricas maciças. Com uma letra sobre abandono, a guitarra soma-se à voz e à bateria de Sam, que se apresenta em sincronia.
A energia de “Slow Hands” segue em “Not Even Jail”. Começando novamente com o contrabaixo em destaque, a guitarra soa mais tímida, de fundo. Uma letra que começa melancólica revela uma banda de músicas esperançosas. Paul Banks não é uma mera continuação de Joy Division ou de suas inspirações: é um vocalista com vitalidade própria, independente e seguro.
“Public Pevert” joga uma letra de materialismo sobre o amor, dialogando com seus paradoxos. Banks soa melódico na maior parte do tempo.
“C´mere” (do francês, "esta mãe") fala de um filho que não aceita outro amor da própria mãe, ao som de bicordes na guitarra que lembram “Evil”. No entanto, a principal diferença está na densidade da letra, muito mais simples.
Retomando a assuntos de “Public Pevert”, como o pensamento obsceno, “Lenght of Love” mostra alguém superando essa materialidade paradoxal.
Fazendo o caminho inverso, “A Time To Be So Small”, última música, fala da realidade que valoriza homens mecanizados, uma “multidão cavernosa”. A letra, sob uma guitarra melancólica, convoca a resistirmos a esse tipo de sociedade.
Diferente de todas as outras, “Next Exit”, a primeira faixa, abre com um órgão substituindo o contrabaixo e as linhas mais tradicionais de rock´n´roll. Uma pequena guitarra se manifesta enquanto banda canta sobre a cidade como uma alternativa, tanto como integração ou separação.
Retomando a assuntos de “Public Pevert”, como o pensamento obsceno, “Lenght of Love” mostra alguém superando essa materialidade paradoxal.
Fazendo o caminho inverso, “A Time To Be So Small”, última música, fala da realidade que valoriza homens mecanizados, uma “multidão cavernosa”. A letra, sob uma guitarra melancólica, convoca a resistirmos a esse tipo de sociedade.
Diferente de todas as outras, “Next Exit”, a primeira faixa, abre com um órgão substituindo o contrabaixo e as linhas mais tradicionais de rock´n´roll. Uma pequena guitarra se manifesta enquanto banda canta sobre a cidade como uma alternativa, tanto como integração ou separação.
Com Antics, Interpol mostra que é uma banda acessível. Seus instrumentistas não elaboram sobre muitas notas musicais, nem mesmo sobre temas tão inacessíveis, mas buscam efeitos e combinações que dão uma melodia bem receptível. Ainda soa como a maioria da cena indie rock atual, que peca por pouca variação. Mas as referências ao Joy Division e uma busca por mensagem própria nesse CD são uma boa ação de Banks e seu grupo.
Curiosidade: O significado de Antics, do inglês, é "comportamento simulado". Talvez essa seja uma grande ironia no CD, que exalta problemas em casos comuns para esconder muitas frutrações das pessoas em busca de felicidade. Onde a esperança se insere nisso?
Um comentário:
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