¡Saludos!
Acabei de voltar do passeio de hoje, exausta. Eu disse que ontem estava quente? Hoje o calor parece ter duplicado e - de quebra - o ar condicionado do quarto só funciona com a cortina aberta (ou fecha a cortina e dorme com calor, ou abre a cortina, refresca e nao dorme. Acho que eu dormi com calor... ou tentei).
Saímos do hotel por volta das 11h30 e fomos para o Parque Metropolitano de Santiago, que é enorme e tem um monte de coisas para fazer, de piscina a trilhas. Lá nós pegamos o teleférico que nos deixou no topo do Cerro San Cristóbal, onde há o Sanctuário de la Imaculada Concepción e o furnicular, uma espécie de trem que desce o Cerro até a Plaza Caupolicán.
Uma das três casas de Pablo Neruda fica a 2 quarteirões dali. A casa se chama La Chascona, que significa "descabelada", apelido de Matilde Urrutia, sua mulher. Na verdade, Neruda construiu as 3 casas, mas essa foi feita especialmente para Matilde - ou melhor, para escondê-la. O preço para entrar (há um café dentro, que não cobra entrada) é de PC$ 2.500 por pessoa (PC$10.000 equivalem aproximadamente a R$40), mas a carteirinha da Cásper (\o/ - Pedro, desculpa pelo emoticon, mas esse foi necessário vai) me permitiu pagar meia, PC$1000.
Marinheiro de terra firme, como se classificava, o poeta não podia navegar no mar pois se enjoava. Logo, resolveu fazer La Chascona como se fosse o interior de um barco. A primeira parte da casa é assim, teto baixo, estreita e com bancos ao longo das paredes. Esse 1/3 corresponde a um bar, uma salinha de jantar e a sala de jantar principal. Depois, a segunda parte já é "normal": uma sala de estar, banheiro, escadas e quartos, tanto o matrimonial como o que Matilde dormia depois da morte de seu esposo. Para chegar até a última parte passamos por um bar ao ar livre - era aberto, mas por motivos de manutenção foi fechado com vidros. Então entramos na biblioteca, que teve boa parte de seus livros queimados no golpe militar - os exemplares que ele não havia doado. E logo depois da biblioteca tem a sala de leitura, onde vemos fotos, premiaçoes e publicaçoes de e sobre Neruda.
A casa tem realmente algo a mais. Logo que entrei na salinha de jantar tive a impressão de que ali morava alguém extremamente legal, descolado. E, bom, pensando no círculo de amizades de Pablo, que incluia Frida Kahlo e Diego Rivera, ele era bem a frente para seu tempo. A mistura de estilos é intensa: cubismo, new age, colagens, clássico... é só falar. La Chascona reflete o colecionador de carteirinha que o poeta era: pratos de cerâmica, copos coloridos portugueses, estátuas africanas, enfeites da Índia e por aí vai. Claro, todos os artefatos adquiridos nos milhões de cantos do mundo visitados por Neruda. São cores sem fim.
Infelizmente não é permitido tirar fotos do interior, somente do exterior, que é igualmente impressionante: um pátio une as 3 partes da construçao, interligadas por escadarias estreitas e jardins que rondam a casa. Todas as janelas têm vista com verde. É, eu mal consegui descrever. Definitivamente algo a mais. Só vendo.
Depois, seguimos para o centro da cidade (ou achamos que sim), para a Plaza de Armas, que inclui uma catedral gigantesca (estilo Catedral da Sé), museus e um calçadão enorme, cheio de lojas, padarias e restaurantes.
Eu tinha reclamado sobre a movientação natalina? Não, nada de enfeites por enquanto - o máximo que eu consegui foi ouvir canções de Natal durante o café-da-manhã, quando tentava descobrir o nome do ator famoso da Globo que estava na mesa atrás de mim. Sim, só tem brasileiro nesse hotel. Mesmo sem enfeites nesse Natal, a multidão estava lá, marcando presença com pacotes, sacolinhas e mais pacotes. Andamos, andamos, andamos até que, exaustas, chegamos a uma praça de alimentação. Comemos e voltamos de metrô (meio de transporte oficial dessa jornalista wannabe que vos fala).
São 6h14 da tarde e ainda não há planos para o jantar.
Como sempre, manterei vocês atualizados (enquanto a internet grátis operar na minha estadia).
Bombons grátis de chocolate me aguardam no quarto (já disse que eu adoro hotéis?).
Fotos abaixo.
Acabei de voltar do passeio de hoje, exausta. Eu disse que ontem estava quente? Hoje o calor parece ter duplicado e - de quebra - o ar condicionado do quarto só funciona com a cortina aberta (ou fecha a cortina e dorme com calor, ou abre a cortina, refresca e nao dorme. Acho que eu dormi com calor... ou tentei).
Saímos do hotel por volta das 11h30 e fomos para o Parque Metropolitano de Santiago, que é enorme e tem um monte de coisas para fazer, de piscina a trilhas. Lá nós pegamos o teleférico que nos deixou no topo do Cerro San Cristóbal, onde há o Sanctuário de la Imaculada Concepción e o furnicular, uma espécie de trem que desce o Cerro até a Plaza Caupolicán.
Uma das três casas de Pablo Neruda fica a 2 quarteirões dali. A casa se chama La Chascona, que significa "descabelada", apelido de Matilde Urrutia, sua mulher. Na verdade, Neruda construiu as 3 casas, mas essa foi feita especialmente para Matilde - ou melhor, para escondê-la. O preço para entrar (há um café dentro, que não cobra entrada) é de PC$ 2.500 por pessoa (PC$10.000 equivalem aproximadamente a R$40), mas a carteirinha da Cásper (\o/ - Pedro, desculpa pelo emoticon, mas esse foi necessário vai) me permitiu pagar meia, PC$1000.
Marinheiro de terra firme, como se classificava, o poeta não podia navegar no mar pois se enjoava. Logo, resolveu fazer La Chascona como se fosse o interior de um barco. A primeira parte da casa é assim, teto baixo, estreita e com bancos ao longo das paredes. Esse 1/3 corresponde a um bar, uma salinha de jantar e a sala de jantar principal. Depois, a segunda parte já é "normal": uma sala de estar, banheiro, escadas e quartos, tanto o matrimonial como o que Matilde dormia depois da morte de seu esposo. Para chegar até a última parte passamos por um bar ao ar livre - era aberto, mas por motivos de manutenção foi fechado com vidros. Então entramos na biblioteca, que teve boa parte de seus livros queimados no golpe militar - os exemplares que ele não havia doado. E logo depois da biblioteca tem a sala de leitura, onde vemos fotos, premiaçoes e publicaçoes de e sobre Neruda.
A casa tem realmente algo a mais. Logo que entrei na salinha de jantar tive a impressão de que ali morava alguém extremamente legal, descolado. E, bom, pensando no círculo de amizades de Pablo, que incluia Frida Kahlo e Diego Rivera, ele era bem a frente para seu tempo. A mistura de estilos é intensa: cubismo, new age, colagens, clássico... é só falar. La Chascona reflete o colecionador de carteirinha que o poeta era: pratos de cerâmica, copos coloridos portugueses, estátuas africanas, enfeites da Índia e por aí vai. Claro, todos os artefatos adquiridos nos milhões de cantos do mundo visitados por Neruda. São cores sem fim.
Infelizmente não é permitido tirar fotos do interior, somente do exterior, que é igualmente impressionante: um pátio une as 3 partes da construçao, interligadas por escadarias estreitas e jardins que rondam a casa. Todas as janelas têm vista com verde. É, eu mal consegui descrever. Definitivamente algo a mais. Só vendo.
Depois, seguimos para o centro da cidade (ou achamos que sim), para a Plaza de Armas, que inclui uma catedral gigantesca (estilo Catedral da Sé), museus e um calçadão enorme, cheio de lojas, padarias e restaurantes.
Eu tinha reclamado sobre a movientação natalina? Não, nada de enfeites por enquanto - o máximo que eu consegui foi ouvir canções de Natal durante o café-da-manhã, quando tentava descobrir o nome do ator famoso da Globo que estava na mesa atrás de mim. Sim, só tem brasileiro nesse hotel. Mesmo sem enfeites nesse Natal, a multidão estava lá, marcando presença com pacotes, sacolinhas e mais pacotes. Andamos, andamos, andamos até que, exaustas, chegamos a uma praça de alimentação. Comemos e voltamos de metrô (meio de transporte oficial dessa jornalista wannabe que vos fala).
São 6h14 da tarde e ainda não há planos para o jantar.
Como sempre, manterei vocês atualizados (enquanto a internet grátis operar na minha estadia).
Bombons grátis de chocolate me aguardam no quarto (já disse que eu adoro hotéis?).
Fotos abaixo.
Teleférico - vista vasta de Santiago com direito a Cordillera ao fundo. Infelizmente, por causa da poluição, não se vê tanto.
La Chascona - vista de fora
La Chascona 1/3
La Chascona 2/3
La Chascona 3/3 - à esquerda, o antigo bar ao ar livre; no meio, a biblioteca; e à direita, a sala de leitura. O café fica embaixo da sala, mal da para ver. Esse comecinho de corrimão que leva até ele.
Plaza de Armas - na verdade, essa foto é da internet porque é perigoso demais tirar uma câmera da bolsa ali. Resolvi não arriscar.
Para os mais curiosos, links com partes do interior da casa de Neruda:
http://www.welcomechile.com/santiago/casa-museo-la-chascona.html
http://lh6.ggpht.com/_6g59YB6KT60/RpBdjQiw5bI/AAAAAAAAAYw/LirSiVshDmA/IMG_0809.JPG
http://farm2.static.flickr.com/1308/628767200_9175721cd1.jpg?v=0
http://www.fundacionneruda.org/ing/neruda_casas/Galeria%20Casas/fotos_chascona/foto_vertical3ch.jpg
http://www.eldigoras.com/eom03/2004/2/neruda/nerimg/03LaChascona_biblioteca.jpg
"El amor supo entonces que se llamaba amor.Y cuando levanté mis ojos a tu nombre tu corazón de pronto dispuso mi camino." - Pablo Neruda
2 comentários:
mariana, o post está excelente. Como é crônica, vou poupar o emoticon XD
É incrível como o poeta se manifesta mesmo póstumo. Muito interessante seu relato sobre a casa de Neruda.
Beijos!
tnkss
so vc comentaa! hauahuahauhauau
que bom q vc gostoo¨¨
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