quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Aniversário do poeta e crítico sujo

Fez 79 anos hoje o escritor maranhense José Ribamar Ferreira. O pseudônimo famoso veio da junção dos sobrenomes de seu pai, Ferreira, e de sua mãe, Goulart (que se pronuncia da maneira diferente).

Gullar é um dos mais influentes intelectuais no Brasil. Dono de uma poesia intimista, que apela para metáforas físicas e sexuais, muitas vezes, o autor também é crítico literário e de artes plásticas. Entre suas obras consagradas está O jogo corporal e João Boa-Morte, cabra marcado para morrer, poesia em cordel, ambas da primeira fase de sua obra, quando fazia uma arte engajada com os ideais da esquerda brasileira e alinhada com o movimento de poesia concreta dos irmãos Augusto e Haroldo de Campos. Poema Sujo e Muitas Vozes são obras suas de uma fase de prolongadas desilusões, entre as décadas de 1970 e 1990, especialmente pela perda do filho caçula Marcos devido a sua esquizofrenia.

Em seu tempo livre, costuma fazer réplicas de quadros. A expressão facial desgastada pela idade do maranhense de São Luís sucumbe diante de sua risada igualmente marcante. Escreve colunas no caderno Ilustrada da Folha de S.Paulo, aos domingos.

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