domingo, 28 de dezembro de 2008

Conexión Chile IV

¡Saludos!

Estou, no presente momento, em Puerto Varas, região dos lagos andinos. Na verdade é mais rio do lago Llaquihue, que tem 200km ao redor. Na verdade, também, o turismo aqui é bem centrado no lago e nas cidadezinhas banhadas por ele.

Bom, depois de 3 dias sem postar, é chegada a hora de atualizar vocês!

No dia 25 passeamos por Santiago mesmo, aproveitando o último dia. Encontramos com um casal de amigos nossos, brasileiros, e fomos para a rodoviária, deixar as malas sob custódia para poder bater perna pelo centro. A cidade estava uma várzea, não tinha quase ninguem. O bom é que, sem querer, encontramos um castelo (é, eu sei, que estranho...como se fosse a mesma coisa que encontrar uma moeda no chão né, 'olha, um castelo d 300 anos!').

Era muito lindo, do lado de uma estação de metro, e tinha jardins, pracinhas, uma graça. Não poderia ser uma despedida melhor. Se fosse, no caso, uma despedida mesmo (já explico).

Acontece que chegamos aqui em Puerto Varas dia 26 de manhã, acabadas. Bom, a cidade é um ovo. Juro, me lembra muito Campos do Jordão: frio, pequeno, com montanhas e o tipo do lugar que você vai passar as férias de inverno - e só elas porque não tem quase nada pra fazer. Mas é muito lindinha, no estilo alemão (as cidadezinhas aqui perto foram todas colonizadas por eles), e fofa, super simpática e aconchegante. Então andamos por aí e fomos pesquisar umas opções de passeios pra fazer. Tem visita às pinguineras, ao Volcán Osorno, às cidades próximas, ao Cruce de Lagos, entre outras.

Ontem fizemos 2 passeios: um até as quedas d'água de Petrohué, e a primeira etapa do Cruce de Lagos que, quando completo, leva os passageiros até Bariloche, na Argentina. Petrohué é lindo, dá para fazer rafting nas águas nervosas e de cor esmeralda que passam por ali. E o nome do Cruce não mente, pois o percurso cruza lagos mesmo e, no total, são 4 embarcaçoes, 3 onibus e 10h de viagem. A parte que nós fizemos foi até Peulla, a primeira parada. Depois de 1h40 num catamarã, a embarcação, chegamos.

Todo mundo falava que era lindo, que super valia a pena. Na verdade, a única coisa de ruim que o queridinho da agência de turismo falou foi a da existência de uns "borrachudos" que só ficam em cima de pessoas com roupas escuras por causa do calor. Ele definiu os bichos como um 'problema'. A viagem até lá é maravilhosa, o lugar é realmente bonito. Bem, agora direi exatamente quando foi que eu percebi que estava f**** (perdão pela intençao da palavra). Na verdade foi muito engraçado. Olha só: desci do barco, olhei para a esquerda, lindo, montanhas, o lago; olhei para a direita e, o que deu tempo de falar foi: "olha, mãe, vamos ali na pra-". Não, não foi nesse momento ainda que a ficha caiu. O que me fez interromper a fala foi um bicho nojento, enorme, voador que veio pra cima de mim e das pessoas ao meu redor. Foi então que eu olhei melhor para as pessoas na prainha e notei que elas faziam mesmo que eu: fugiam, tinham os punhos no rosto (estilo box, perfeito) e algumas soltavam gritinhos e xingavam. Eu, lembrando o que o fofo da agencia me disse, fui tirar o blusao preto, pensando 'ah, é só tirar que eles saem'. Óbvio não é? Bom, comecei a tirar o casaco e uma mulher desconhecida gritou: "coloca o casaco! Se cobre!". Sim, foi nesse momento em que eu percebi que eu tinha mefu (adaptando as palavras do nosso querido presidente).

O resto do dia foi um tédio, fiquei com muita raiva por nao poder aproveitar direito o lugar e a grana que gastamos para ir até lá. Depois de uma caminhada de 1km alternando entre gritos, correria, choros, tapas no ar, xingamentos e silêncio irado, chegamos aos 2 hotéis dali da parada. Não, não tem mais nada para fazer ali, só observar a natureza, relaxar e tirar fotos, o que eu fiz de dentro do hotel, já que era impossível expor-se a 1 metro fora do fechado sem ser atacado pelos "borrachudos". Pois bem, se aquilo era um raio de um borrachudo, aquele moço tem sérios problemas visuais. Não era bem um besouro, porque besouros são do bem, então eu classifiquei a nova espécie como um "besouro mutante do mal". Eu não estou exagerando. Todos xingavam e reclamavam.

E então chegamos onde eu me encontro agora. Numa lanhouse, esperando até às 15h, quando vamos ao Volcán Osorno. Aliás, daqui da "prainha" de Puerto Varas, dá para ver o vulcão (adormecido desde 1830 e qualquer coisa. Eu sei, não é muito) e um outro. É lindo demais.

Bom, agora temos outro problema. Daqui íamos até Pucón (onde tem outro vulcão), mas nos disseram que era muito caro, que o Osorno é mais bonito e que teríamos que ir a uma cidade vizinha para conseguir hospedagem. Entao não vamos. A complicação mesmo é que vamos voltar para Santiago de novo (por isso não foi uma despedida) e estamos esperando a confirmação do hotel. Outra coisa é que íamos também para Viña del Mar, passar o 30 e - principalmente - o 31, que dizem ser uns dos 10 fogos mais bonitos de fim de ano do mundo. Só que encontramos ontem - no meio dos besouros mutantes - um casal que disse que estava tentando há 1 mês hotel ali e não conseguiu. Então estamos vendo possibilidade de ir somente no 31 e voltar, mas ainda é complicado porque dependemos dos horários dos ônibus.

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