quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Americanos perdem ícone do jornalismo televisivo

Fazendo uma pequena restrospectiva de 2009, os Estados Unidos perderam um grande apresentador Evening News da rede de televisão CBS: Walter Leland Cronkite Jr. Com 92 anos, lutando contra doenças vasculares que atingiram seu cérebro, o apresentador e jornalista Cronkite faleceu dia 17 de julho deste ano, em Nova Iorque.

Como legado, Walter Cronkite ganhou o título de "o homem mais confiável da América", justificado por uma época em que a televisão tinha maior crédito, entre os anos de 1960 e 1980. Fez grandes coberturas de eventos como o assassinato do presidente Kennedy e a Guerra do Vietnã. Fora do jornalismo, foi ativista político antidrogas, entre outras atividades.


A School of Journalism and Mass Communication na Arizona State University ganhou, em 1984, o nome de Walter Cronkite, em homenagem ao seu trabalho na imprensa americana. Foi criado no mesmo ano o Walter Cronkite Award for Journalism Excellence, premiação que também homenageia o jornalista.

Chasing Cars, do Snow Patrol - música mais ouvida no Reino Unido

Segundo a PPL, empresa de licenciamento, Chasing cars, do grupo inglês Snow Patrol, foi a música com mais ouvintes na primeira década do século XXI no Reino Unido.

Originalmente lançada em 2006, a composição alcançou o sexto lugar na parada inglesa de singles, mas permaneceu 94 semanas no Top 75 das vendas por download.

A pesquisa foi feita pelo número de vezes que cada música foi tocada em rádios, televisões, na internet e em locais públicos, como lojas, e todo território da Inglattera, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales.

O Snow Patrol ganhou com sua música graças à sua inclusão na trilha sonora de séries de TV como “Grey’s anatomy” e “Gavin & Stacey”. Eles estão na ativa desde 1995 fazendo rock independente, sem rótulo e com um forte apelo pop. Chasing Cars fala sobre solidão da vida contemporânea e o contato, muitas vezes, drástico entre as pessoas.

Pra quem não conhece a música, é possível conferir um vídeo da versão de estúdio abaixo:



Informação do G1.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O novo "bom selvagem"?

Você já deve ter lido críticas falando mal de Avatar, nova obra cinematográfica em 3D de James Cameron. Pode ter visto, também, textos falando apenas dos bons aspectos técnicos do filme, que revolucionaram a computação gráfica com duas câmeras que se movimentam imitando as pupilas dos olhos humanos, as três dimensões mais fiéis a realidade (diferente de tudo o que já foi feito). Esta pequena resenha, ao contrário dos outros exemplos, pretende tratar o assunto de maneira mais equilibrada.

Não, a história de Avatar não é revolucionária. Mas isso não significa que seja ruim: os humanos viajaram 5 anos pelo espaço até chegar no planeta Pandora, que possui recursos que valem milhões de dólares e todo um ecossistema único. No acampamento dos homens, há dois tipos de liderança, sendo a doutora Grace Augustine (Sigourney Weaver) uma pesquisadora da vida alienígena e o coronel Miles Quaritch (Stephen Lang) a presença militar necessária para a sobrevivência de todos. Augustine consegue, através de um tratamento inovador, transferir a consciência humana para corpos (avatars) de habitantes chamados Na´vi, seres grandes e azuis, similares a répteis. Um dos hospedeiros dessa experiência é Jake Sully (Sam Worthington), um fuzileiro da marinha que não tem muita graduação como pesquisador, mas que se fascina por Pandora e seu habitat único.

Jake Sully e seu corpo Na´vi, um avatar: homem e alien, juntos.

Sully consegue ganhar a confiança dos verdadeiros Na´vi, povo guerreiro escondido nas florestas, ao conhecer Neytiri, uma arqueira filha do líder de um dos clãs locais. Grace se interessa pela interação de Jake Sully para conhecer mais ainda sobre os mistérios dessa espécie. O coronel Quaritch, o administrador Parker Selfridge (Giovanni Ribisi) e todo o setor militar se interessam pela investigação para conseguir chegar até as riquezas naturais do planeta sem agressão, promovendo trocas. Sully, pouco a pouco, passa a se interessar menos pelos assuntos dos dois grupos e passa a ser cada vez mais querido na tribo. Sua admiração pelo estranho e o desconhecido é comparável a do filósofo francês Jean-Jacques Rousseau, que afirmava, no século XVIII, a liberdade do "bom selvagem" sendo superior comparada aos limites do homem moderno.

Cenas da guerra entre os homens e Pandora: exploração dos recursos naturais.

Falando de maneira descontraída e simples, Avatar é um conto similar ao de Pocahontas, transformado em filme pela Disney em 1995, ou ao de Iracema, escrito por José de Alencar. Todo seu enredo é sobre o que é conhecido, os homens, com o desconhecido, os Na´vi, que é fascinante. A metafora dos homens no planeta Pandora com a colonização americana é inevitável. No entanto, Cameron parte de um pressuposto diferente que valida todo seu enredo: que Jake Sully não pretende voltar a ser humano, pois ele prefere, num processo progressivo, se tornar um Na´vi, um alien, um estranho. A fascinação de Sully não é a de alguém distante do outro, mas aquela que realmente está disposta a abandonar tudo o que possui. No meio desse conflito pessoal, o coronel Quaritch começa uma guerra contra o planeta para retirar os recursos naturais à força. O filme inteiro é uma forma clara de contar como nós mesmos estamos acabando com o planeta Terra hoje, em tempos de aquecimento global.

Os cenários da floresta de Pandora não são similares com nossas vegetações terrestres. A equipe de Cameron criou uma fotografia que, mesmo mostrando diversas folhagens, consegue transmitir um mundo totalmente estranho ao nosso. Os pântanos se iluminam sozinhos na escuridão e lembram desenhos do designer, arquiteto e especialista em capas de CDs de música Roger Dean. Avatar tem arte conceitual muito similar aos álbuns de bandas de rock progressivo como Yes e Gentle Giant.

Não vou contar o final do filme, mas James Cameron deixa brechas abertas o suficiente para ter uma continuação ao nível de Star Wars. No entanto, para que o feito seja possível, ele terá que desenvolver a história usando a demora de viagem entre os homens, além da transformação dos próprios personagens que já aparecem nesse capítulo. Ele terá, como George Lucas fez em O Império Contra-ataca, aprofundar todos os pontos que apareceram apenas superficialmente na história de Jake Sully, o novo "bom selvagem".

Veja abaixo o trailer do filme e um vídeo explicando sobre a tecnologia estereoscópica usada por Cameron no filme:



terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Morre James "The Rev" Owen Sullivan


Baterista da banda de heavy metal com influências do punk, Avenged Sevenfold, James Sullivan faleceu nesta segunda-feira, na Califórnia, aparentemente de causas naturais. No entanto, o rapaz tinha apenas 28 anos. A perícia ainda fará uma autópsia, para saber os reais motivos do falecimento. Apesar de ter negado o uso, a revista Revolver alegou em 2006 que o músico era usuário de cocaína.

Avenged Sevenfold: banda de Sullivan tem influências de heavy metal e punk rock.

Abaixo, você pode conferir os Sevenfold tocando The Beast and The Harlot, para conhecer melhor seu trabalho e a bateria de Sullivan, quando ainda estava na banda.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Especial de Natal: Oprah Winfrey e a família Obama

Abaixo, segue o vídeo do especial para a TV americana ABC feito pela apresentadora Oprah Winfrey com a família Obama feito no começo deste mês. Os comentários de Michele e do presidente Barack Obama inspiraram a crônica Obama e seu primeiro ano: 2009, postada neste blog. Resumindo: eles conversam sobre curiosidades da Casa Branca no Natal e um balanço do governo, em inglês.

Obama e seu primeiro ano: 2009

Poster de Obama por David Choe.

Em 2008, ele foi a sensação do twitter, com uma campanha antenada com a internet até ser eleito presidente dos EUA. É o primeiro negro a ocupar o maior cargo na maior potência econômica, política e militar do mundo. Seu mote de marketing - Change - trouxe, de fato, uma experança para o mundo, além de ser uma experiência que muitos querem repetir na comunicação.

No mês de outubro deste ano, ele foi premiado com o Nobel da Paz, um título inesperado para ele, defensor do reforço de atividades militares no Afeganistão. O motivo desse reconhecimento foram suas visitas e atuações diplomáticas no Oriente Médio e em países que estavam contra os Estados Unidos. Mesmo assim, ele destacou um reforço de 30.000 homens para as terras afegãs no começo de dezembro. Além dessa ação claramente política, nenhum acordo foi fechado na Conferência Climática de Copenhague, a COP15, mesmo com Barack Obama apoiando a formalização do controle de emissões.

Esses pontos paradoxais, somados aos conflitos de sua gestão interna, especialmente no setor público, mostram que ele não é mais o representante pacífico da presidência americana, mas um gestor em uma crise. Não podíamos esperar menos dele, mas um ar de decepção paira no ar, mesmo para não-americanos. Esperamos demais dele? Esperamos demais da política? Esse sempre foi um debate que deveríamos fazer com mais frequência, mas que não fazemos. Depositamos na eleição norte-americana uma esperança sem nos dar conta que questões climáticas e políticas também dependem da cidadania de cada um de nós.

Honestamente, não esperava menos da administração de Barack Obama. Continuo contra suas ações militares no Afeganistão, mas concordo que há mais lógica lá do que o Iraque, por ser base terrorista do grupo Al-Qaeda. As questões são quando nós vamos ver sempre as mesmas coisas de um governo com tamanha influência e se vamos longe agindo apenas como observadores deste cenário, hoje. A esperança não (pode) deveria morrer.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Os milímetros entre o jornalista e o escritor

Na Avenida Angélica, no bairro da Consolação de São Paulo, em um prédio antigo, com a entrada uma confusa sem muita sinalização e elevadores arcaicos, um senhor abre sorridente a porta de seu apartamento no último andar, receptivo como se conhecesse a visita antes da entrevista. O diálogo começa quando o senhor, vestido de traje social, com um colete de lã por cima da camisa, se encosta na cadeira de balanço, meticulosamente colocada ao lado da lareira.

O personagem, o cenário e a atmosfera mostram-se extremamente literários, ricos em detalhes e histórias. A volumosa decoração, entre muitos quadros e pequenos objetos, são em sua maioria presentes dados à Cremilda Medina, sua esposa, na época em que trabalhava no Caderno 2 do jornal O Estado de São Paulo. Nada mais apropriado para o escritor e jornalista Sinval Medina, ficcionista histórico (estilo que prefere chamar de “fundacional”), autor de uma vasta obra literária: 4 romances, 3 novelas infanto-juvenis, 2 livros de histórias infantis em versos, 1 dicionário de História, além de ensaios publicados na revista Novo Pacto da Ciência da ECA/USP e outras narrativas publicadas em antologias.

Contudo, a placidez e a serenidade de Sinval faz tudo parecer mais simples. “Sou um sujeito mais comum do que você pode imaginar. Sem nada de muito interessante do ponto de vista midiático.” diz. “Sou muito certinho” Sinval, se define. Colorado roxo, Sinval nasceu em Porto Alegre, em 1943, em uma família de classe média. Aos 17 anos, já tecia textos de ficção e teve o acesso à literatura não só muito rápido, mas também muito incentivado principalmente por seus pais. “Tive uma infância modesta, mas sempre tive estímulo e facilidade para estudar”, conta.

Seu pai, um executivo na área de vendas de uma multinacional, “era um leitor eclético e, nesse sentido de cultura literária, ele era autodidata”, relembra. A mãe de Sinval, dona de casa, também gostava muito de ler e nunca trabalhou. Porém, “criou quatro filhos”, brinca o escritor de riso solto, o único homem entre as três irmãs, sendo uma já falecida.

No ano de 1964, ele se formou em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e relembra o golpe militar de uma maneira bem inusitada. “Houve um atraso e a data da nossa formatura era 31 de março de 1964. No dia do golpe nós estávamos participando da solenidade da formatura”, declara. Com a repressão política, Sinval paralisou a publicação de sua produção literária, temendo o risco de ter os escritos apreendidos. “Fui escrevendo e colocando na gaveta”, revela. Publicou o primeiro romance, Liberdade Condicional, somente em 1980, quando o regime estava se abrandando. Foi também na UFRGS que o ficcionista conheceu, em um cursinho pré-vestibular, a futura professora Cremilda Medina, com quem está casado há 45 anos e tem um casal de filhos, sendo a mais velha com 43 e o mais novo com 40 anos. “A partir daí a gente praticamente conviveu todos os dias”, declara. “Além da convivência doméstica a gente tem uma convivência profissional e intelectual muito intensa”, diz.

Mesmo colaborando na área de comunicação em Porto alegre, trabalhou primeiramente como funcionário público no Banco do Brasil e mudou-se para São Paulo em 1971, quando a esposa conseguiu uma bolsa de estudos para o primeiro curso de pós-graduação da ECA e, paralelamente, Sinval também conseguiu a transferência para o sudeste. O escritor relata que, nesse momento, ou continuava burocrata para o resto da vida ou deixava a função. “Podia até virar Ministro da Fazenda. O Maílson Ferreira da Nóbrega entrou no Banco no meu concurso. Eu corria esse risco” ri Sinval.

Apesar de somar 17 anos trabalhando na editora Abril como jornalista, chegando a ser editor-chefe da revista Boa Forma, prefere a posição de escritor ficcionista pois “o dia-a-dia da redação é algo terrível para alguém que quer escrever”, indaga. Teimoso, chegava mais cedo à redação para poder se dedicar aos seus escritos; uma de suas obras, Memorial Santa Cruz, de 1983, foi em maior parte escrito na redação.

Prêmio Passo Fundo de literatura em 1999 (com o livro Tratado da altura das estrelas), Sinval Medina tece seus textos dentro do “gênero fundacional”, como define o escritor. O grande mote de suas obras é a fundação da cultura brasileira ou, basicamente, a tentativa de responder à pergunta: o que é ser brasileiro? Sinval procura fatos e personagens históricos e vai adicionando ficção à narrativa. Apaixonado por História, o escritor desenvolve uma pesquisa extremamente profunda tanto para encontrar seus personagens quanto para ambientar a história. “Ele vai a fundo para pesquisar coisas sobre esses livros, ele vai a arquivos, vai a bibliotecas, conversa com pessoas, vai atrás, levanta dados históricos, vai nos lugares onde os personagens sobre os quais ele vai escrever viveram” comenta Pedro Ortiz, diretor geral da TV USP e professor de Telejornalismo da Cásper Líbero, amigo do escritor. “Ele tem esse outro lado que é o de pesquisador”, conclui. O próximo livro do escritor, com previsão de lançamento para o fim de 2009, segue também essa linha editorial e será sobre Cristóvão Pereira de Abreu, pioneiro do tropeirismo no século XVIII, que abriu caminho por terra entre o Uruguai e São Paulo.

Extremamente metódico, herdou muitas coisas do jornalismo que aplica à vida de escritor. Sinval escreve todos os dias e, quando envolvido em um projeto, lê de 4 a 5 horas sobre o assunto que está digerindo. Ao final dessas sessões, costuma elaborar uma pauta para o próximo dia. “No pé no que eu acabei de escrever, eu faço uma pequena pauta do que eu vou fazer no dia seguinte”, detalha. Pela parte da manhã o escritor lê, todos os dias, O Estado de S. Paulo e a Folha de S. Paulo e, à tarde, relê, refaz ou continua escrevendo seus textos e tenta manter um ritmo entre 60 e 70 linhas diárias. “Digito textos diariamente. 3 horas, 4 horas por dia e nunca deixo de escrever”, revela.

Elogios não faltam para esse apreciador de vinhos, que adora cozinhar. “Brigamos muito na cozinha porque ambos gostamos de cozinhar e cada um quer fazer o principal e não o trabalho subserviente”, brinca Cremilda. Receptivo e muito bem humorado, o escritor mostra-se, de acordo com os amigos, sempre disposto a conversar sobre os mais diversos assuntos. “Ele é uma pessoa extremamente acessível está sempre disponível, simpático, então isso aproxima muito das pessoas”, elogia o professor Pedro Ortiz. Quando perguntada sobre o que mais gostava no marido, Cremilda, dona dos “40 anos de motivos”, dedicatória em um dos livros de Sinval, a resposta é curta e terna: “Tudo”.

Imagens: Cauê Fabiano

Surinamenses atacam imigrantes no Natal

Na cidade de Albina, no Suriname, país divisa com o Brasil e a Guiana Francesa, ocorreu conflito entre imigrantes brasileiros e chineses com habitantes locais. Segundo dados do padre José Vigílio, da rádio Katólica surinamense, a violência aconteceu nas festividades de véspera de Natal, e se seguiu por horas.

Há registros de 20 estupros de mulheres no tumulto, além de 90 brasileiros e 31 chineses feridos. O conflito começou por causa de uma agressão a um surinamense, tendo como suspeito um brasileiro. Os habitantes locais incendiaram casas e cometeram inúmeros atos violentos. O padre afirma que há 7 óbitos no acontecimento. Autoridades do Itamaraty e do Ministério de Relações Exteriores estão tomando providências para os feridos.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O influente Papai Noel de Thomas Nast

É verdade que a empresa de refrigerantes Coca-cola divulgou a imagem de Santa Claus, o Papai Noel (Papai Natal, em Portugal)? Sim, a afirmação é verdadeira e marcou o começo do século XX. No entanto, o criador do velhinho Noel nem de longe é de uma marca de bebida. Trata-se do caricaturista e quadrinista alemão Thomas Nast, que desenhava o períodico americano Harper´s Weekly.

Responsável pelas primeiras charges políticas, que surgiram na modernização da imprensa dos Estados Unidos, Nast criou a imagem atual do Papai Noel em 1863: um velhinho gordo, com roupa de cores vermelha, branca e preta. Antes de seus desenhos, a figura natalina era desenhada magra, e se assemelhava a diversas personalidades de diferentes folclores, desde o deus nórdico Odin até santos cristãos.

Thomas Nast criou figuras marcantes na sociedade conservadora americana. Alguns exemplos são o elefante do Partido Republicano, o burro do Partido Democrata e até o Tio Sam, ícone cultural nos EUA.

O Harper´s Weekly: A Journal of Civilization era uma revista novaiorquina que durou entre os anos de 1857 e 1916, trazendo notícias nacionais, internacionais, ficção, humor e ensaios. Thomas Nast ficou famoso nesse periódico por cobrir a Guerra de Secessão fazendo charges e, além de criar os símbolos dos partidos, apoiar candidatos em cada eleição, mudando de lado de acordo com a conveniência do momento.

Papai Noel é um trabalho na imprensa que prova como a cultura norte-americana influi em festividades no mundo todo, mesmo que a origem do ícone seja de inúmeras mitologias. E, definitivamente, o velhinho não é apenas produto da propaganda de refrigerantes.

Pintura Merry Old Santa Claus, um dos desenhos clássicos de Thomas Nast no Harper´s.
Publicado em 1º de janeiro de 1881, com todos os elementos que consagram o Papai Noel hoje.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Bola da Vez #8 - Mais Videocasts

Seguindo a mesma programação do último Bola da Vez, vídeos pra você conferir aqui, no Bola da Foca, mesmo.



- Videoreview Delfos: Site de jornalismo parcial e com opinião não poderia trazer uma resenha cinematográfica diferente. Apesar do microfone baixo do jornalista Carlos Eduardo Corales, a fala dele é bem humorada, informa bastante sobre o novo filme de James Cameron, Avatar. Vale a olhada.


Videocast #1 - CinemaSom do CinemaSom no Vimeo.


- Cinemasom: Videocast apresentado pela jornalista Gabi Lima, recém-formada na faculdade. No ritmo de Star Wars, acompanhado por uma conversa descontraída, eles falam sobre a trilha sonora de John Williams. São iniciantes, mas tem potencial.




- Ah! Tri né! Entrevistas: Canal de vídeos da blogueira Dani Koetz, reconhecida por inúmeras revistas como uma das maiores blogueiras do Brasil. No vídeo acima, ela conversa com o apresentador de TV Rafinha Bastos sobre sua carreira na internet.

A venda do menino Sean

Americano e com apenas 9 anos de idade, Sean Goldman - filho de David Goldman e da brasileira Bruna Bianchi - veio para o Brasil com a mãe há 5 anos, quando acabou o casamento de seus pais. Aqui, o menino foi criado por Bruna, pelo padrasto João Paulo Lins e Silva e pela avó materna, Silvana Bianchi. Ano passado, ao dar a luz para seu segundo filho - uma menina -, Bruna faleceu, deixando Sean nas mãos de seu marido e de sua mãe.

Há algum tempo está travada uma luta na justiça pela guarda do garoto. De um lado, seu pai David, querendo levá-lo para os EUA. Do outro, a avó e o padrasto, que pediam que o menino continuasse vivendo no Brasil.

Durante a última semana, no Rio de Janeiro, o americano David aguardava pela cassação da liminar que o impedia de levar Sean consigo para os Estados Unidos. E ela veio: nesta terça-feira, dia 22, o presidente do STF, Gilmar Mendes, determinou que o menino deveria ser entregue de maneira imediata ao pai. Na quinta-feira, 17, o ministro do STF, Marco Aurélio de Mello, aceitou o recurso da família brasileira e decidiu que o garoto deveria ficar no Brasil até ser ouvido pela justiça. Contudo, a palavra que vale é a de seu superior, o presidente Mendes.

Nesta manhã, Sean foi levado pela avó ao Consulado dos Estados Unidos, no Rio de Janeiro. Agarrado ao padrasto, ele vestia uma camiseta da seleção brasileira de futebol. O local estava cheio de fotógrafos, cinegrafistas e repórteres. Ali, a avó declarou: "meu neto foi vendido".

O menino, que havia escrito um bilhete em verde e amarelo para o presidente Lula dizendo "quero ficar no Brasil para sempre", não teve sua vontade respeitada. A politicagem americana ameaçou cortar benefícios diplomáticos com o Brasil, e Gilmar Mendes, obviamente, atendeu a essa chamada. Isso é aceitável quando se discute um acordo comercial ou um novo tratado, mas é uma crueldade quando se trata da vida de uma criança.

Aliás, que belo pacote de natal Mendes deu à nação brasileira! Sean é americano e Roger Abdelmassih não é criminoso.

Lentes de contato que medem diabetes


Jin Zhang, pesquisador canadense da University of Western Ontario, desenvolveu lentes de contato que monitoram continuamente o nível de açúcar no corpo. O material do vidro muda de cor de acordo com a variação nos níveis de glicose.

As nanopartículas, em contato com as lágrimas da pessoa, causam uma reação química que altera a coloração da lente. A tecnologia não é invasiva, ao contrário dos exames de sangue tradicionais para detectar essa variedade, que utilizam agulhas. Esse projeto de Zhang recebeu mais US$216,342 do Canada Foundation for Innovation (CFI) para continuar as pesquisas, um verdadeiro incentivo para tornar-se um tratamento para diabéticos.

Novamente, dados da INFO

Twitter + Mixer Labs = localização de tweets


Depois de muito tempo sem um sistema eficiente de search, de busca interna no site, a empresa de Biz Stone, Evan Williams e Jack Dorsey, o Twitter, vai adquirir a startup Mixer Labs. Fundada pelos ex-funcionários da Google Elad Gil e Othman Laraki, a Labs criou um API de localização famoso chamado GeoAPI. Esse produto, "carro-chefe" da empresa, vai se integrar com o gigantesco sistema de microblogs de Williams.

Para conferir mais informações, siga os profiles dos fundadores do Twitter (@biz, @ev e @jack), além do perfil do Mixer Labs (@geoapi).

Informações da INFO.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Mais um filme sobre amor... e sobre filmes

Abraços Partidos (Los Abrazos Rotos, no original) é como todo o filme de Almodóvar: tem a Penélope Cruz, cenas de sexo nonsense, personagens caricatos, gays, cenários hispânicos e falas carregadas de metalinguagem. Muitos podem não gostar desse tipo de produção, mas é inegável que essa história, em específico, consegue arrancar risos facilmente de uma platéia atenta às sutilezas.

O personagem Harry Caine (Lluís Homar), que na verdade se chama Mateo Blanco, começa a contar sua história no presente, sobre seu trabalho como roteirista de cinema. Ao saber da morte do empresário Ernesto Martel pelos jornais, Caine começa a revirar seu passado, quando perdeu a visão em uma tragédia obscura. A aparição do diretor Ray-X, interpretado por Rubén Ochandiano, procurando pelos trabalhos de Harry Caine aumentam o suspense do passado.

Almodóvar, contruindo seu quebra-cabeça, volta no tempo para mostrar a história de Lena, interpretada com maestria por Penélope Cruz. De família humilde, secretária de Martel oferece serviços sexuais para que o empresário ajude financeiramente seu pai, com câncer de estômago. Lena transforma-se na amante oficial do ricaço, sendo sustentada por sua fortuna, mas infeliz e sem muito amor ao parceiro. O ano é 1993.

Caine, que na época ainda se chamava Mateo Blanco e dirigia filmes, era um talento em ascensão no mercado cinematográfico. A protagonista Lena vê, na produção dele chamada Garotas Malas, uma oportunidade de brilhar nas câmeras, um amor de infância. Ernesto Martel se opõe à vontade da amante, mas, quando lhe é oferecida a oportunidade de produzir o filme, ele topa. No meio dessa intriga, floresce o amor entre Blanco e Lena, enquanto o filho de Martel, que tem o mesmo nome do pai (e uma semelhança incrível com o roqueiro Iggy Pop), vigia ambos.

O amor entre Mateo (Harry Caine) e Lena: cineama é uma paixão comum

Ray-X, que é o filho de Ernesto Martel crescido, é responsável por muitas risadas e atrapalhadas ao longo do filme. A assistente de Caine, Judit, e seu filho Diego fazem participações importantes no triângulo amoroso Martel - Lena - Caine.

O figurino de Penélope Cruz nas filmagens de Garotas Malas varia bastante.

Resumindo: o filme é um melodrama sobre um relacionamento forçado e outro que surgiu do trabalho, tendo como pano de fundo um longa-metragem de Mateo Blanco. É uma mensagem sobre o próprio cinema, que causa risadas, envolve e não decepciona, com todos os traços pessoais de Almodóvar.

Lena com menosprezo do amante Ernesto Martel. Sexo por dinheiro.

Mais falecimento em 2009: Brittany Murphy

Na manhã do último domingo, dia 20, a atriz norte-americana Brittany Murphy faleceu em decorrência de um ataque cardíaco. A artista tinha apenas 32 anos de idade, o que chocou boa parte da população e da imprensa.

Brittany ingeria analgésicos e, entre os medicamentos, estava o Vicodin, o mesmo utilizado por Michael Jackson. O tablóide inglês The Sun alega que o abuso dessas substâncias causou a morte. O site de fofoca e celebridades TMZ divulgou que a atriz passava por um tratamento contra gripe.

A atriz participou desde filmes como Sin City, em 2005, com um papel secundário num plot sombrio, até ser uma das estrelas principais do filme As Patricinhas de Beverly Hills, em 1995, dez anos antes, em uma comédia teen de sucesso nos EUA. Certamente ela tinha uma carreira pela frente, interrompida pela fatalidade.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Jon Lord ao vivo, em terras brasileiras

Para quem curtiu a vinda mestre dos órgãos e teclados da banda Deep Purple, Jon Lord, em maio deste ano, pode reviver seu show em São Paulo, na Virada Cultural. Além da resenha do Bola, que fala detalhes de clássicos do rock que ele tocou, você pode conferir o vídeo abaixo, com a música Child in Time, postada no blog oficial de Lord ontem, por volta das 22hs. Vale a pena a audição, gravada em alta qualidade.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Dream Theater - turnê no Brasil em 2010

Segundo a Whiplash.net e o site oficial da banda, o Dream Theater marcou 4 datas para tocar no Brasil. No dia 16 de março eles estarão no Pepsi on Stage, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul; 18 de março no Master Hall, em Curitiba, Paraná; 19 de março no Credicard Hall, em São Paulo; e dia 20 de março no Citibank Hall, Rio de Janeiro.

Vindos do Berklee College of Music, em Boston, nos EUA, desde 1988 a banda tem fama internacional por um heavy metal com influências de rock progressivo. Abaixo, você pode conferir a versão ao vivo de uma das músicas do mais recente álbum deles, Black Clouds and Silver Linings, que já foi resenhado no Bola. Confira:


sábado, 19 de dezembro de 2009

Bola da Vez #7 - Videocasts

Hoje teremos recomendações em vídeos, pra vocês nem precisarem sair desta página. Programas feitos por quem domina assuntos diversos e até por completos amadores, mas ambos com potencial para apresentar conteúdo.



- HBDiaTV: Videocast feito pelo blogueiro Izzy Nobre, abordando assuntos da internet e jogos para iPhone. Dinâmico e simples, além de bem editado, consegue apresentar resumidamente todo seu material.




- Bobocast: Feito pelo Rogério Lima, do Bobolhando, é um humor mais experimental. Sem muito roteiro, o rapaz não tem foco de assuntos, botando o que ele considera importante, ou não.




- Braincast: Vídeos feitos pelo pessoal do blog Brainstorm #9, editado pelo publicitário Carlos Merigo e diversos colaboradores, incluindo o blogueiro Cris Dias. Indicado para o pessoal da publicidade e comunicadores em geral.




- Zona de Spoilers Classic: Videocast do pessoal do Jovem Nerd/Nerdcast para discussão de filmes thrashs e engraçados dos anos 80. Os caras assistem o longa-metragem, fazendo comentários sarcásticos sobre as produções. Os vídeos ainda estão no começo.




- OmeleteTV: Fãs de cinema não podem deixar de conferir o videocast de um dos maiores sites do assunto. De forma bem descontraída, eles criticam e curtem as produções audiovisuais do momento, além de HQs e quadrinhos em geral.




- Smellycast: Videocast do Smelly Cat, blog com o toque da feminina Baunilha, com entrevistas e curiosidades da mídia. Vale a visualização.

Próximo Bola da Vez virá com mais recomendações de vídeos.

Fails, hambúrgueres e empreendedorismo online

Fotos exclusivas da youPIX/dez no Flickr da PIX.

Ben Huh: dono de um império com 225 milhões de pageviews diárias.

Um bate-papo sobre sexo reuniu Penélope Nova (MTV), Raquel Pacheco (Bruna Surfistinha), Lini (@lini), Fernando Lizardo, Gravataí Merengue, Guilherme Valadares (Papo de Homem) e Gustavo Gitti (Não 2 Não 1). Além desse debate, o evento YOUPIX/Dezembro, organizado pela PIX Diversões Digitais, no dia 1 de dezembro, trouxe também um dos maiores nomes da internet norte-americana: Ben Huh. Não o conhece? Provavelmente uma das fotos Fail que você viu na internet é do blog dele, o FailBlog, que é feito de forma totalmente colaborativa e simples. O 10º maior website da internet, o Icanhascheezburguer (ICHC), é dele, reunindo toda uma rede de humor internacional, compreensivo para todos.

Huh começou com um projeto menor: LOL Cats. Brincando com edição de fotos com gatos, Eric Nakagawa and Kari Unebasami criaram um blog que, com aumento progressivo do tráfego e das visitações, popularizou-se com uma interface intuitiva para todos enviarem materiais, o LOL Builder. O projeto começou em 2007, com a foto de um gato cinza sorrindo e a legenda: "eu posso ter um cheeseburguer?". A frase se tornou nome da empresa que Huh assumiu depois, com apoio dos fundadores, seus amigos.

O bate-papo foi descontraído no YOUPIX para uma platéia formada essencialmente por fãs, mandando perguntas ao vivo e pelo twitter. Quem mediou o debate foi o blogueiro Edney Souza, o Interney, conhecido por ser o primeiro brasileiro a monetizar seus sites, além de ser dono das redes Interney Blogs e da agência de comunicação Pólvora.

Platéia assistindo a fala descontraída de Huh. Encontre o autor deste artigo na foto.

Demorei muito tempo para escrever um texto sobre essa palestra, mas creio que a mensagem dela é permanente. Ben Huh mostrou gráficos da evolução de seu site. Em 3 meses: 3 milhões de pageviews, visualizações no site. Em números impressionam de cara, muito mais por sua quantidade do que pela qualidade. Hoje em dia, no último mês: 225 milhões. Essa evolução consagra o tipo de público que Huh procurava que são aqueles que gostam de humor na internet, a maioria dos conectados.

Mas o que impressiona não é apenas esses resultados em absolutos, e sim de quem vem: Ben Huh é formado em jornalismo e sociologia pela Northwestern University. Não é um publicitário, economista ou um administrador, mas um homem ligado à imprensa e à análise social. "Aprendi, na faculdade, a difundir esse desejo de manifestar livremente a expressão, que é um princípio muito difundido nos EUA, diferente do Japão" explicou Huh para Interney e para a platéia. Ele se dedica a fazer os visitantes rirem e o ICHC, junto com FailBlog e vários sites fundados por ele, procuram soluções simples como "boas soluções".

"Boas soluções são soluções simples". Lema de Ben Huh para criação de seus sites.

Seu império na internet pode ser chamado de inútil, mas certamente não de ineficiente. Rendeu livros sobre o assunto, se expande para serviços de vídeo e áudio e está entre as páginas mais visualizadas no Youtube, sem estar preso a gatos, fails ou qualquer público específico. A história de Ben Huh, assim como seus companheiros empreendedores Eric Nakagawa and Kari Unebasami, é um exemplo de como iniciativas simples na internet podem conquistar um nicho ou mesmo o público em geral, no caso deles. Uma amostra de sucesso.

Edney Souza, o Interney, traduziu algumas falas de Ben Huh. Outras nem precisaram de tradução.

A questão que deve ser discutida sobre a vinda de Huh ao Brasil no começo deste mês não é reproduzir seu sucesso em outros projetos. Claro, é sempre desejável que outros sites brasileiros alcancem seu reconhecimento, de maneira ampla e eficiente como o ICHC. A grande discussão que me pareceu nítida na YOUPIX é: a comunicação funciona nas mãos de alguém com formação para isso? Ben Huh conseguiu seu lugar nesse meio, sem se tornar um jornalista de redação, preso aos textos comuns da imprensa. Com fotos manipuladas de gatos e de pessoas em situações cômicas, ele passa mensagens universais, corrige gafes públicas de celebridades e consegue reverter a comunicação em dinheiro e em investimento.

Outro elemento fundamental para seu sucesso e elemento que incrementa a discussão: o número de colaborações que ele recebe voluntariamente de visitantes. De milhares de fotos diárias, a equipe do ICHC seleciona apenas 100 para colocar no ar, distribuindo em seus sites. Essa interatividade fideliza o usuário, que não está online apenas para ver, passivamente, conteúdo. Ben Huh, certamente, é um exemplo a ser observado com mais atenção no meio jornalístico, comunicacional e interativo que temos hoje.

De forma muito educada, palestrante e mediador se despedem da YOUPIX/dezembro.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Lula e Sarkozy propõem fechamento para COP15



No vídeo acima, o discurso final do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, a respeito da falta de acordo fechado na COP15, Conferência Climática de Copenhague, ocorrida entre os dias 6 e 18 de dezembro de 2009. Nessas próximas 24 horas, por pressão dele e do presidente Nicholas Sarkozy às 19h do dia 17, ocorrerá uma reunião final dos líderes para o fechamento de um novo acordo entre os países envolvidos com ações ecológicas e contra o Aquecimento Global.

Adiantará de algo? Vamos esperar.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Um argentino desabafando no MSN

Lean Gaston diz:
Loi, estou profundamente triste e indignado.
Fernanda (Loi) diz:
o que aconteceu?
Lean Gaston diz:
Bill Gates é agora dono de um reservatório de ouro e prata em uma província de nosso país e, provavelmente, essa empresa de minério vai se apropriar das geleiras para extrair ouro dali e levar para os EUA... e o Chile e a Inglaterra vão começar a tirar petróleo de nossos mares e de nosso território na Antártida
Fernanda (Loi) diz:
sério? que ruim! ontem passou uma reportagem na televisão... se tratava da cidade Carmen de Patagones
Fernanda (Loi) diz:
antes era uma área de pasto e hoje é um deserto, né?
Lean Gaston diz:
sim. uma grande parte de nosso país se desertificou... estamos realmente mal
Lean Gaston diz:
com o petróleo de nossa plataforma marítima e o ouro das minas da cordilheira, teríamos suficiente sustento econômico para ser um pais desenvolvido como o Brasil e, agora, o único que nos resta é o campo, mas a natureza também não nos acompanha.
que tristeza profunda vive o meu país... os governos corruptos estão nos destruindo
Fernanda (Loi) diz:
isso é realmente mal
o Brasil já passou por más situações antes do governo do Lula... mas eram problemas econômicos, desigualdade social... todos os países passam por isso, ainda que estava bastante feia a situação - e, claro, ainda sofremos muitos problemas.
mas, como somos um pais enorme, temos uma diversidade muito grande de natureza. Desde as árvores da Amazônia e os rios, até o Pantanal... as plataformas de petróleo... assim que mesmo que haja problemas em alguns desses setores, ainda haverá outros para sustentar a ausência...
e a Argentina não tem essa riqueza
Lean Gaston diz:
não, claro que não... mas desde que terminou a ditadura e "começou" a democracia, os governos continuam nos roubando
a questão é: o pouco que a gente tem, eles destroem
temos petróleo e outro na cordilheira e no mar, mas levam tudo para fora
o nosso câncer é que todos os "democratas" eram amigos dos ditadores
ou seja... seguimos na mesma... só que no lugar de nos afogarem com a violência, nos afogam com a economia
Fernanda (Loi) diz:
o que eu não entendo é que a Cristina, às vezes, toma atitudes chavistas... e no entanto, se alia a países capitalistas, como agora com a Inglaterra na questão do petróleo
e com os EUA, é claro
Lean Gaston diz:
a verdade é que eu não entendo nada do que faz a Cristina
a única coisa que sei é que é dirigida pelo marido e esse só nos rouba e vende o que é nosso
a Patagônia já quase não é nossa
as Malvinas não são nossas
o pedaço da Antártida tampouco é nosso
para piorar a situação, a presença americana na América do Sul se faz cada vez mas forte e em qualquer momento nós vamos nos converter no novo Vietnã, no novo Oriente Médio
mas claaaro... Argentina é o único país da região que não destina nenhum orçamento ao exército... temos o que é da época das Malvinas
e os superiores militares são todos gordos vagos que não fazem nada de nada
se os americanos começam uma guerra, têm a Colômbia e o Chile como aliados.. nos invadem e tomam nosso território
Fernanda (Loi) diz:
o Chile também?
Lean Gaston diz:
sim, sim... o Chile é muito próximo dos EUA e da Inglaterra
Fernanda (Loi) diz:
nesse ponto vocês têm um grande aliado, que é a Venezuela
Lean Gaston diz:
uma merda!
Fernanda (Loi) diz:
(concordo... mas é isso...)
Lean Gaston diz:
claro... a questão é que nós estamos ferrados
ou seja: se querem guerrear contra a Venezuela, têm a Colômbia bem ao lado e, abaixo, Chile e Argentina - ocupada pelos americanos... Venezuela só teria Cuba de aliada.... e não sei se a Rússia e a China se manifestariam
Mas isso seria nossa única "salvação".
Fernanda (Loi) diz:
não, claro que não.. a China e a Rússia não ajudariam a Venezuela!!
Lean Gaston diz:
que linda "salvação", hein?!
um lixo dos lixos
também li uma vez que querem internacionalizar a Amazônia... já estão todos mentalizados que terão que discutir sobre quem é o dono da Amazônia e os afluentes de água doce da fronteira tripla (que diga-se de passagem, há uma ocupação militar americana ali)
Fernanda (Loi) diz:
o Brasil é um país que tem uma posição, sabe?... agora está bem, é o "rei" da América Latina... ainda mais com a questão das Olimpíadas e da Copa... mas eu acredito que não seria uma ajuda para vocês... não seria meeeesmo.
Lean Gaston diz:
eles tomaram de vocês o que é lindo
Fernanda (Loi) diz:
sim, sim... nos estados unidos, faz um tempo, ensinavam as crianças que a Amazônia era uma propriedade internacional... dessa forma, quando crescessem, lutariam por esse "pedaço de terra que não é do Brasil"
Lean Gaston diz:
claro.. você tinha me dito isso... que grande merda!
o mesmo em relação às reservas de água doce da nossa Patagônia... y o Rio de la Plata... tudo é "patrimônio da humanidade" ¬¬
Fernanda (Loi) diz:
e olha, vou te falar uma coisa... com certeza vocês estariam sozinhos nessa... porque essa luta pelo território argentino viria muito antes da luta oficial pela Amazônia... assim que não haveria nenhuma aliança entre os países afetados, já que um problema seria alheio ao outro... "o problema é da Argentina, não é nosso".
Lean Gaston diz:
isso é certeza! com certeza absoluta seria assim.
acontece que estrategicamente falando, convêm aos americanos... assim rodeiam o resto da América Latina
Fernanda (Loi) diz:
e é isso que eu estou te dizendo
Fernanda (Loi) diz:
alguns dizem que estamos nos desenvolvendo e ganhando autonomia... e não é assim, viu, Lean..
e quando eu digo "nós", me refiro a todos... Brasil, México, Argentina, Chile...
Lean Gaston diz:
Argentina nunca esteve em desenvolvimento
é que somos o quintal traseiro dos EUA
é assim... LAMENTAVELMENTE.

The New York Times inova sua forma de noticiar

A tecnologia atual se encontra em constante desenvolvimento e o diário The New Work Times não quis ficar para trás. Com a intenção de dar um passo à frente em suas pretensões de progresso, eles lançaram um produto que tenta recriar a forma de ler um jornal físico, só que na internet. Segundo o The Guardian, o diário de Nova Iorque considera que se perde uma grande quantidade de informações adicionais que são difundidas no papel e que, através dessa forma, podem ser difundidas também na internet.

Essa nova disposição ordena os artigos como se houvesse diferentes seções apresentadas em uma só tela. Exceto a primeira notícia, todas as outras desempenham um mesmo papel. Dessa maneira, qualquer peça da página pode chamar a atenção do leitor sem que este a esteja procurando de forma intencional. Além disso, o jornal oferece diferentes enfoques na hora de apresentar as notícias, já que os leitores podem personalizar seu próprio desenho entre uma das sete versões disponíveis e distintas entre si.

Outro elemento importante é a ausência de vínculos visíveis. A página consegue que o usuário concentre sua atenção em um só artigo, o que significa que os leitores sentem que estão sendo informados, sem ter impressão de estar em um mar confuso de notícias.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Morre Luiz Carlos Alborghetti

O apresentador e ex-deputado estadual pelo Paraná, Luiz Carlos Alborghetti, faleceu nesta quarta-feira à tarde, em Curitiba, aos 64 anos, vítima de câncer no pulmão. Paulista de Andradina, morava há mais de 20 anos na capital paranaense. Foi apresentador de programas de rádio e TV durante 30 anos . Na sua carreira política, atuou como deputado estadual por 16 anos, além de ter sido vereador de Londrina por 5 anos. Atualmente, trabalhava na Rádio Colombo e seus programas eram transmitidos via internet, a mesma que fez crescer ainda mais sua popularidade através de vídeos postados no youtube dos tempos em que apresentava o "Cadeia" na TV.

Polêmico, ficou conhecido ao criar bordões e dizer frases que caíram na boca do povo como "Bandido bom é bandido morto" e "Cadeia neles já". Mas não parava por aí: excêntrico e de lingua bastante afiada, não ligava nem um pouco ao usar palavrões, dar berros, quebrar telefones e bater insandecido na mesa com o famoso cassetete que usava em seu programa de TV para criticar e atacar destemidamente políticos, corruptos e bandidos. Segundo seu assessor, Alexandre Mianes, "para ele, o cassetete representava a voz do povo. Quando ele batia, era como se o povo estivesse batendo". Tanto na política como nos meios de comunicação, Alborghetti teve também como bandeira a assistência social. Ao longo de sua vida, procurou ajudar as pessoas principalmente através dos seus programas de TV e rádio.

O estilo polêmico e único de Alborghetti influenciou muitos apresentadores de programas policiais. Dalborga - como era carinhosamente chamado pelos amigos e fãs - foi um dos responsáveis por lançar o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, que trabalhava como um dos repórteres policiais do programa Cadeia. Ratinho usou durante anos o cassetete e muitos trejeitos de apresentar programas como seu mestre.

Alborghetti deixa em vida sua esposa e uma filha, além de muitos fãs que viam nele uma voz que representava toda indignação do povo contra a violência, impunidade e injustiça. O Brasil em pouco espaço de tempo perde mais um grande comunicador e uma das vozes mais influentes do país.

Já deu!

Todo santo verão em São Paulo é a mesma coisa. Basta avistar nuvens negras no horizonte, em geral vindas da zona oeste, que a cidade entra em estado de pânico antecipado, como se o mundo fosse acabar. Bom, o problema é que em geral o mundo quase acaba. Mas o que ocorreu na manhã de ontem extrapola todos os limites do aceitável.

Ok, foi o maior volume de chuva dos últimos 4 anos nessa última terça-feira, no dia 8. Algo imprevisível, imponderável e que causaria transtorno de qualquer jeito. No entanto, chegar ao fim do dia com o balanço de seis (seis!!!) mortos em virtude da chuva na maior cidade do país chega a ser surreal. E o pior: no meio ao caos, com milhões de paulistanos presos em seus carros e milhares correndo o risco de perder suas casas, temos que ouvir o prefeito falando que os investimentos deram certo e tudo ocorreu de forma satisfatória.

Deu! Não é de hoje que São Paulo vive problemas crônicos com suas enchentes. As marginais foram totalmente reformadas em virtude disto e nada do problema ser resolvido. “Ele foi amenizado” dirão alguns. Oras, amenizar em um cidade de 11 milhões de pessoas com um dos piores tráfegos do mundo não resolve nada. E pior, a sensação de abandono é latente. Não se vê qualquer movimentação do governo ou da prefeitura para resolver os dois problemas que pararam a cidade ontem.

As fantásticas obras alardeadas por ambos, não andam. O rodoanel se arrasta por anos, isto quando não resolve soltar vigas em cima de carros. A expansão do metrô pode até resolver muita coisa, mas, convenhamos, ela é ainda pequena. E a expansão das marginais... ah, como eu adoro esta obra. Além de já se provarem insuficientes, são feitas na pior época do ano (afinal, quem liga pra fim de ano, não é mesmo?) e estão sendo apontadas como causas das enchentes de ontem. Sem a camada de grama na faixa central, quase nenhuma gota de toda aquela água que caiu foi absorvida pelo solo. Deu no que deu.

Minha intenção original era apenas fazer um post factual sobre o ocorrido. Me desculpem, não consegui. São Paulo vive uma crise há muito tempo, e a cada dia que passa sinto que está chegando mais no limite, embora o mesmo pareça ser bem elástico.

ps: Às 18:30hr a cidade registrava 8km de congestionamento. Recorde negativo no ano, uma utopia para todos. Ou seja, para que São Paulo tenha o melhor trânsito possível, é necessário que o caos se instale, 6 pessoas morram e todos fiquem receosos de ir à rua? Obrigado, mas eu passo.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Reportagem multimídia sobre TCCs

Como foi seu TCC? de Pedro Zambarda de Araújo, no Vimeo.

Reportagem multimídia feita pelos estudantes Cecília Oliveira, Luís Fernando Carrasco, Lívia Hayama, Marília Passos e Pedro Zambarda mostra trabalhos de conclusão de curso feitos em 2009, tanto casos positivos quanto negativos. O trabalho foi realizado para a disciplina Novas Tecnologias da Faculdade Cásper Líbero, em novembro. Você pode conferir a apuração completa no blog Como foi seu TCC?, que tem, além de vídeo, áudio e texto que completam as informações sem a necessidade de links externos.

Acima você pode conferir um vídeo com todas as entrevistas misturadas. Vale como uma prévia de cada um dos seis perfis apresentados pelo grupo.

Um sorriso de esperança

Projetos sociais tentam resgatar dignidade humana de moradores de rua


Nas horas do dia em que sua mente está lúcida, Dona Maria das Graças Ribeiro, de 50 anos, gosta de conversar e compartilhar as dores que viveu no passado. Aos 15, depois da morte de sua mãe, ela foi morar nas ruas do Rio de Janeiro (RJ) para fugir da perda e da fúria de seu pai. Não fosse a ajuda que encontrou na Toca de Assis, casa que dá apoio a moradores de rua, Dona Maria estaria ainda mendigando comida, emprego e dinheiro. “Sofri abuso sexual, fui humilhada e agredida. Jogavam pedra em mim, chutavam... A Toca veio ajudar eu ser gente de novo, porque eu parecia um animal”, desabafa.

Hoje, a ex-moradora de rua vive na filial da Toca de Assis em Cruzeiro. A instituição, fundada em 1994, segue o exemplo de São Francisco de Assis – santo católico que viveu no século 13 e abriu mão de tudo para cuidar dos pobres. Há 11 anos no Vale do Paraíba, o instituto tem casas também em Guaratinguetá e Potim. No Brasil, são 76, além de duas no exterior – em Portugal e no Equador.

“Nosso objetivo é resgatar essas pessoas e ajudá-las a se reintegrar na sociedade. Para os que moram conosco, oferecemos três refeições diárias, ensinamos a catequese, fazemos festa de aniversário, levamos para passear. Se forem doentes, providenciamos medicamentos e fazemos curativos”, explica a responsável pela casa de Cruzeiro, Irmã Nazareth Maria.

Atualmente, dez mulheres vivem na casa, que sobrevive por meio de doações. Mas, além de cuidar das que moram no local, as irmãs toqueiras ainda oferecem alimentação para os demais moradores de rua da cidade, assim como corte de cabelo e assistência espiritual. “Na nossa casa, vivem conosco apenas mulheres porque temos nove religiosas nessa missão. Tem local que atende homens e outros apenas mulheres. Mas para ajudar também aqueles que não podem morar conosco, fazemos essa pastoral nas ruas para tentar minimizar o problema deles”, conta Irmã Nazareth.

Outro projeto social que busca ajudar moradores de rua é a Casa do Bom Samaritano, em Cachoeira Paulista. A obra é ligada a Canção Nova, comunidade católica que também sobrevive por meio de doações. No local, os mendigos não podem morar, mas recebem alimentação, higiene pessoal, atividades educativas, roupas, cestas básicas e oficinas artesanais.

Segundo a assistente social da casa, Roberta Vicente, o apoio a essas pessoas é fundamental para retomar a dignidade humana delas. “A maioria dos usuários que vem aqui encontra-se num processo de desintegração social e exclusão do mercado de trabalho, sentindo-se isoladas em seus relacionamentos: sem família e nem grupos que lhe ofereçam ajuda”.

Jorge da Silva é natural de Salvador (BA). Saiu de casa aos 17 anos por causa das drogas. Hoje com 25, tenta sair do seu mundo de tráfico, prostituição e bebidas nas ruas do Brasil. “Já viajei por esse país todo. Cheguei aqui na casa suplicando socorro. Não aguento mais essa vida. Sou jovem, quero reencontrar minha família e arrumar um emprego”. Jorge vai ser encaminhado para uma casa de recuperação de dependentes químicos. Uma das funções da Casa do Bom Samaritano é encontrar outra solução para o problema, quando ela não pode resolvê-lo.

Uma das poucas pesquisas existentes no país sobre moradores de rua, feita pelo Ministério de Desenvolvimento Social e a Unesco, mostra que a maioria deles são homens, com idade entre 25 e 44 anos. Quanto a escola, grande parte têm o ensino fundamental incompleto e entra nesse tipo de vida, assim como Jorge, por conta de alcoolismo ou outro tipo de droga.

A psicóloga Angelita de Souza acredita que é fundamental esse trabalho com moradores de rua para reintegrá-los na sociedade. “Os projetos sociais são essenciais para ajudar a extinguir os mendigos das ruas. Quando voltam a ter amor próprio, eles se sentem motivados a mudar e procuram voltar para a família, arrumar um emprego e viver bem”, conclui.


Onde encontrar?

Para fazer doações ou encaminhar um morador de rua para essas casas o endereço é:

Toca de Assis

Rua Capitão Neco, 951, centro, Cruzeiro (SP)

Telefone: (12) 3143 7479


Casa do Bom Samaritano

Rua João Paulo II, s/n, Alto da Bela Vista, Cachoeira Paulista (SP)

Telefone: (12) 3186 2204

Foto e reportagem: Ariane Fonseca

Editorial #12 - Bola da Foca precisa de um novo líder

19 meses. Quase dois anos. 632 posts. Muito trabalho e colaboração de diversas maneiras, vindas de muitas pessoas. É natural, durante uma longa caminhada, que alguns parceiros toquem seus projetos individuais e se separem de nós.

No entanto, a situação no Bola da Foca apresenta um agravante: eu e o Thiago Dias estamos entrando em ano de TCC. Atividades finais da faculdade, um grande trabalho a ser entregue no final de 2010 e, infelizmente, pouco tempo para este blog.

Mesmo assim, isso não significa, nem de longe, o fim da jornada.

O intuito do blog-jornal é ser um lugar de permanente experimentação. Então abrimos vagas, pra admissão imediata, de novos editores e redatores. O Bola precisa de uma liderança nova, de sangue novo para nosso jornalismo, mesmo sendo uma iniciativa de estudantes recém-saídos das fraldas.

É hora de passar a tocha e ver se as pessoas topam tocar um projeto deste tamanho.

Mais detalhes, mande e-mail para: boladafoca@gmail.com ou mensagem no twitter com a palavra @boladafoca.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ato contra a violência no teatro

Foto do Diário de S.Paulo da manifestação domingo, último dia 6.

Mário Bortolotto foi baleado, assim como outros integrantes, em uma tentativa de assalto no Espaço Parlapatões, casa de espetáculos teatrais localizada na Praça Roosevelt, centro de São Paulo, às 5h do último sábado, dia 5. Em estado grave, internado na Santa Casa de Misericórdia, o dramaturgo e ator Bortolotto está passando por cirurgias para cuidar dos três tiros que o atingiram. O incidente fez o grupo fechar as portas por tempo indeterminado, de acordo com texto publicado no blog oficial.

Funcionários, técnicos e artistas envolvidos com o Parlapatões fizeram, às 21 do domingo, dia 6 de dezembro, uma manifestação pela recuperação do fundador Mário Bortolotto. Foram recitados poemas e peças do ator. O trabalho de Bortolotto no centro da cidade, junto com o grupo Satyros, estava revitalizando espetáculos teatrais na região, mesmo com a alta incidência de crimes.

Vi no Terra e no O Globo.

Posts mais lidos