Acima do trânsito de carros e pedestres, do corre e corre da mais paulistana das avenidas, avista-se, sobre um andaime, um operário. Debaixo e de longe, capacete cinza, botas de borracha, camiseta preta e cinto laranja. Do alto e de perto, Narciso Brito, 26 anos, palmeirense, gosta de ir ao shopping com a família aos domingos e de comer macarronada.
Prefere ouvir música sertaneja, em contraste com o ritmo que escuta a semana inteira e o businar dos mais impacientes que passam pela Avenida Paulista. “Lá em cima, o tumulto diminui, mas o barulho é bem grande.” Apesar disso, diz que gosta de trabalhar na Paulista e ver o movimento de cima, “me sinto um pouco acima dessa cidade que às vezes me acolhe, outras me pisa”.
São mais de 60 metros de altura. O chão mais próximo e que segura seus pés é uma tábua de madeira de cerca de 3 cm de espessura, apoiada nos alicerces do andaime que chega ao piso da Av. Paulista. Perguntado se há medo, responde irresoluto “eu não tenho medo”. Se já teve medo: “Já, eu me lembro da primeira vez que eu fui pras alturas, fui colocar a armação de uma laje. Nas primeiras vezes eu via tudo pequeno e ficava meio nervoso. Mas agora não tenho mais medo. Penso no trabalho e não no chão. Também fiquei com um pouco de medo quando caiu uma peça de andaime.”. Na ocasião, estava vazio e ninguém se machucou.
Narciso trabalha há 6 anos em construção civil e há 7 meses na Avenida Paulista. “Nesse tempo, nunca vi nada de incomum lá de cima, só uma vez que vi um homem correndo com alguma coisa na mão e, em seguida, uma moça correndo gritando. Acho que era um assalto. Lá de cima, eu não podia fazer nada, né?”
Prefere ouvir música sertaneja, em contraste com o ritmo que escuta a semana inteira e o businar dos mais impacientes que passam pela Avenida Paulista. “Lá em cima, o tumulto diminui, mas o barulho é bem grande.” Apesar disso, diz que gosta de trabalhar na Paulista e ver o movimento de cima, “me sinto um pouco acima dessa cidade que às vezes me acolhe, outras me pisa”.
São mais de 60 metros de altura. O chão mais próximo e que segura seus pés é uma tábua de madeira de cerca de 3 cm de espessura, apoiada nos alicerces do andaime que chega ao piso da Av. Paulista. Perguntado se há medo, responde irresoluto “eu não tenho medo”. Se já teve medo: “Já, eu me lembro da primeira vez que eu fui pras alturas, fui colocar a armação de uma laje. Nas primeiras vezes eu via tudo pequeno e ficava meio nervoso. Mas agora não tenho mais medo. Penso no trabalho e não no chão. Também fiquei com um pouco de medo quando caiu uma peça de andaime.”. Na ocasião, estava vazio e ninguém se machucou.
Narciso trabalha há 6 anos em construção civil e há 7 meses na Avenida Paulista. “Nesse tempo, nunca vi nada de incomum lá de cima, só uma vez que vi um homem correndo com alguma coisa na mão e, em seguida, uma moça correndo gritando. Acho que era um assalto. Lá de cima, eu não podia fazer nada, né?”
Um comentário:
Belo perfil. Mostra pra certos professores que não precisa fazer algo quadrado para que seja bom.
60 metros de altura e ñao tem medo?? Táa bom!!
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