A frase é de Pedro Alves, que há 20 anos abriu uma loja de artigos country
Na região da Rua 25 de março, “A Casa do Country” é fonte de curiosidade para muitas pessoas que passam na frente da loja diariamente. Alguns entram, olham curiosos os diversos materiais feitos de couro, experimentam chapéus, tiram fotos e saem. Outros pedem um determinado produto e logo pagam satisfeitos, não sem olhar curiosos cada objeto da loja. “Todos feitos à mão”, segundo o lojista.
Traias ou lidas
Em algumas regiões do país chamam de traia, em outras, de lida. São as celas, chapéus, cintos com grandes fivelas, botas, pufes, chaveiros de animais, estilingues, esporas, chicotes, ferraduras, cabeças de animais, jaquetas, além de objetos mais exóticos como uma garrafa feita com a pata de um boi ou um mini-quiosque de praia, feito de coco e uma carranca dentro.
Esses produtos são muito procurados para festas, rodeios ou para o dia-a-dia. David Gomes de Sousa, 41 anos, cliente da loja há 6, comprou uma bota e justifica a preferência: “eu gosto porque é mais leve, feita à mão e de couro, dura muito mais tempo, mesmo na cidade”.
Viajantes
Os únicos fornecedores são os viajantes. A maioria vem do sul do país, centro-oeste, interior de São Paulo e de Minas Gerais. “Eles fazem em casa e saem viajando. Então eu compro. Não compro de indústria, por isso vêm poucas quantidades e não há nenhum produto repetido, cada um é de um jeito.”
Natural do Paraná, Pedro Alves conta que há 20 anos, quando abriu a loja, não pensava que viraria uma “traiera”. “Antes era linha comum, cinto comum, carteira comum, tudo em grandes quantidades. Aconteceu de eu ter essas coisas em casa, ocupando bastante espaço, aí eu trouxe para a loja. Vendi rapidinho e os fregueses pediram mais. Então eu comecei a comprar de outras pessoas. E prefiro muito mais esse ramo de produtos.”
A loja é freqüentada por pessoas de todo o Brasil. “Vêm de Minas, do Sul, da Bahia. Recentemente saiu uma matéria sobre a loja numa revista internacional. Desde então, muitos estrangeiros começaram a vir. Semana passada veio um alemão e um japonês, com um intérprete. Eles pedem de tudo. De chapéu de cowboy à arapuca de caçar passarinho."
terça-feira, 3 de junho de 2008
“O interior dentro de São Paulo”
Reportagem Relâmpago
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Postado por
Luma Ramiro Mesquita
às
21:54
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Um comentário:
Você disse pra mim de manhã que achou sua matéria "seca". Não achei.
Acho que a palavra "organizada" é mais correta =]
Beijos, Lu!
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