Por Pedro Zambarda de Araújo. Originalmente pra Whiplash.net.
Quando os integrantes do Metallica deixaram Dave Mustaine em um ônibus para Los Angeles, jamais poderiam imaginar que ele formaria o Megadeth e criticaria tanto a antiga banda quanto a política mundial. Não imaginariam que um guitarrista genioso como Marty Friedman criaria riffs como os do álbum Rust in Peace e nem que essa banda rival continuaria com álbuns mais consistentes que a trupe de Lars Ulrich e James Hetfield, pelo menos comparado ao fracassado St. Anger.
No entanto, o show do grupo de Mustaine foi confuso. O refrão de Sleepwalker, primeira música apresentada, do United Abominations, lançado ano passado, foi cantado por Dave Mustaine para um público já se encontrava em insano e pulando sem parar. Apesar da empolgação, a voz e a guitarra do frontman, foram totalmente abafadas pelas batidas destrutivas da bateria de Shawn Dover, embolada também pela guitarra ágil e precisa de Chris Broderick e o contrabaixo sempre presente de James Lomenzo.

Apesar dessas situações, nada agradáveis naquele momento, o show recuperou parte de seu fôlego com o pedido de desculpas de Dave Mustaine, sempre falando pelo resto do grupo, apesar de permanecer imóvel no palco, e a execução fiel de muitos clássicos da banda. Hangar 18 em Symphony of Destruction foram explosões de músicas de peso, músicas que o Megadeth costuma repetir em todos os shows, mas que conservam a essência do heavy metal com elementos do hardcore e do punk – ou seja, thrash – sempre atraindo mais apreciadores do estilo.
Ex-guitarrista da banda Nevermore, que mistura o rock progressivo ao thrash, Chris Broderick solou com sua guitarra mostrando talento e conhecimento das técnicas complexas e melódicas de clássicos do Megadeth. Chris foi aplaudido pelo público, que, após tantas trocas de integrantes no grupo de Dave Mustaine, aprovou o músico.

A Tout Le Monde foi a balada de descanso para o momento em que o público já estava mais desgastado da agitação e dos problemas iniciais. Gravada originalmente pela guitarra marcante de Friedman no álbum Youthanasia, em 1994, a melodia foi revisitada em United Abominations com participação da vocalista da banda Lacuna Coil, Cristina Scabbia. Executada durante o show, os espectadores cantaram em uníssono a letra que mistura francês e inglês, tanto a parte de Cristina quanto a de Mustaine.
Bastante agitado durante todas as músicas, o baixo de James Lomenzo tocou bem ritmado no começo de Peace Sells, chamando atenção do público para o modo como era receptivo com os fãs, sorrindo e se movimentando pelo palco.
Holy Wars fechou a noite e deveria ter sido o momento no qual o público seria realmente agressivo, seja pelo peso da música, seja pelo tipo de fã que gosta de Megadeth. No entanto, o público pareceu estar cansado e, ao contrário do que se esperava, todos apenas viram a boa execução da banda.
O Megadeth mostrou qualidade com seus equipamentos devidamente ajustados, somadas a uma iluminação exemplar (que ficava amarelada, dando um efeito de “explosão nuclear” com a fumaça, ou azul e vermelha, simbolizando as cores dos Estados Unidos). Mas o transtorno do começo do show realmente deixou alguns presentes insatisfeitos. Foi cômico alguém do público atirar um tênis no palco durante a ausência da banda, na interrupção de Kick the Chair, apesar da decepção de todos com aquela situação.
As fotos acima, de Dave Mustaine e Chris Broderick, são apenas reproduções, não imagens do show.
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