quarta-feira, 14 de maio de 2008

Editorial #4

Este blog produziu e reproduziu 50 textos, contando com este. Procuramos um viés jornalístico em todos eles, mesmo sendo praticamente todos amadores nesse ramo, tanto os editores quanto seus redatores. As experiências que temos em parte são dos meios acadêmicos e a outra parte advém de parcas experiências profissionais que alguns aqui tiveram.

O que eu desejo, desde quando cada um de vocês entrou nessa empreitada – buscando, pelo menos, um texto por dia – é que não se sintam “castrados”, ou seja, enquadrados em um “limite” dentro do Bola da Foca. Aqui, assim como num campo de futebol, mesmo que seja de várzea, vocês são livres para executar seus lances, suas defesas, suas corridas. As regras do jornalismo servem apenas como regulamento, evitando possíveis e reais “faltas”. Elas não condizem, de maneira alguma, nem com a minha personalidade, nem a do Thiago. Não define sequer a personalidade do Bola, que poderíamos definir conceitualmente, baseado no que esperamos do veículo.

E é nessa metáfora e no que visualizamos no blog que reside a linha editorial dele.

Como a descrição diz, somos um grupo amador, formado predominantemente por estudantes paulistanos de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Outros vêm de outras universidades e meios acadêmicos, como Nadiesda Dinambro do curso de História na USP e Mônica Alves, que ainda está no cursinho, na cidade de Barretos.

Não pretendo fechar um método de postagem. Não quero, também, que esse periódico seja apenas espaço para resenhas – um de nossos déficits é muito texto cultural e pouca reportagem. Não posso, e não devo, controlar a freqüência de textos. É muito mais democrático, e honesto, que o blog flua na periodicidade que seus compositores desejam. Sim, “compositores”. Não trato os autores aqui como meros reprodutores da realidade. Pra mim, eu creio que vejo, em cada um de vocês (e com ajuda de alguns poucos leitores), um trato de composição, assim como um maestro ou um músico, nos textos.

Se vocês queriam um espaço para inovar, ainda que dentro de certas regras fundamentais, aqui é o local. Debates, assim como qualquer erro textual, são fatos que devemos encarar.

Todas as decisões tomadas no blog passam também pelo crivo do Thiago Dias. Da mesma maneira, ele me informa de todas as correções que faz. Fazemos críticas uns aos outros, se for necessário. Mas não há nada a se levar no lado pessoal, uma vez que o trabalho profissional, mesmo que em seu começo, é um incentivo nosso. Mesmo entre amigos.

Procuraremos, também, falar com todos os jornalistas, colaboradores e leitores, além gostarmos quando vocês conversam com nós, editores. Temos uma relação hierárquica, mas nunca uma relação repressiva. Vocês devem aprender conosco e nós, em regime redobrado, aprendemos e reaprendemos com todos vocês.

Em suma, esse pequeno texto sintetiza a opinião inicial, e atual, desse veículo, dentro de minhas análises. Agradecemos às críticas que recebemos na Cásper Líbero de inúmeras pessoas, cujos nomes não poderei citar, evitando o risco de esquecer alguém. Agradecemos também que se propôs a contribuir para que a “bola" desse jogo continue rolando.

Eu destaco o desempenho exemplar dos alunos dos primeiros anos turmas A e B, que, como o Thiago me disse diversas vezes, “escreve em qualquer lugar, até em parede”. Isso não é uma qualidade ruim, nem de longe. E melhora toda vez que é trabalhada, editada, direcionada para o caminho que ela pretende trilhar.

O nome Bola da Foca fui eu quem idealizei. A idéia era ter uma rima tosca, fraca mas divertida, no nome. Ela deveria remeter imediatamente ao jornalismo, utilizando o termo “foca de redação”, o novato.


Fiquei feliz em saber que a maioria dos consultados apreciou a idéia.

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