O homem do século XXI, mesmo saturado de afazeres e apressado, sempre encontra um tempo para assistir TV. Este objeto tão presente no cotidiano das pessoas, entre as variadas funções, informa e entretêm os telespectadores. Entretanto, na prática, algumas emissoras da mídia televisiva têm prestado um “desserviço” à sociedade, promovendo, cada vez mais, a ignorância através de erros crassos em suas programações.
Não se trata de enganos por parte de apresentadores, o que já se tornou algo banal, mas sim em seus geradores de caracteres, especificamente. É denominado gerador de caracteres o aparelho que permite projetar sobre as imagens letras ou números que aparecerão no retângulo abaixo da tela, contendo uma frase que deixa explícito o assunto tratado no programa naquele momento. Erros ortográficos e de ordem semântica têm se tornado mais freqüentes, como o que ocorreu em um programa da Rede Tv: Hyper QI. A chamada, que anunciava o prêmio de 6 mil reais ao vencedor de uma gincana, mutilou a língua portuguesa ao apresentar o título ”Grande Campionato”. Outro exemplo ocorreu em um programa vespertino da Rede Bandeirantes, quando o gerador de caracteres intitulava a matéria “Golfinho branco de água doce pode sumir do mar”. O erro consiste na contradição evidente, já que a água do mar é salgada, não doce.
A TV aberta atinge todas as classes sociais. Pessoas com um nível maior de escolaridade podem identificar, facilmente, tais absurdos e, então, ignorá-los. E as classes mais humildes? Bom, essas captam a mensagem e aceitam como verdade. Absorvem a informação equivocada, que poderá ser repassada a terceiros que, por sua vez, também poderão tomá-la como verdadeira. Dessa forma, a ignorância do responsável pelo erro será espalhada, causando grandes prejuízos de nível cultural.
Distração, displicência, falta de conhecimento? Muitas podem ser as justificativas para explicar o porquê dessas falhas, porém não são aceitáveis de qualquer modo. Muitos são erros relativamente sutis, no entanto não isentam a emissora da culpa, sobretudo sendo esta aberta, o que sugere não só um alcance maior, mas também uma maior responsabilidade e comprometimento social. Quando um canal é pago, já se deduz que o público alvo tenha melhor renda e, portanto, melhor preparo para discernir um erro desta dimensão.
É fato que as equipes de produção estão cada vez mais despreparadas, e as de edição, negligenciando e subestimando os programas e o nível intelectual de seus telespectadores. São vários os problemas existentes na sociedade atualmente, mas há os facilmente evitados. Uma simples revisão textual ou um menor descaso quanto aos desvios gramaticais ou semânticos na televisão pode ser a diferença entre um aprendizado correto e a propagação de um erro. A linguagem e a comunicação são elementos vitais para a convivência harmônica entre as pessoas e, se a mídia, que é a maior representante da informação, não souber lidar com isso de maneira ética e objetiva, quem conseguirá? A crise do idioma se agrava mais e mais nos meios de comunicação. Quem tomará uma providência?
Não se trata de enganos por parte de apresentadores, o que já se tornou algo banal, mas sim em seus geradores de caracteres, especificamente. É denominado gerador de caracteres o aparelho que permite projetar sobre as imagens letras ou números que aparecerão no retângulo abaixo da tela, contendo uma frase que deixa explícito o assunto tratado no programa naquele momento. Erros ortográficos e de ordem semântica têm se tornado mais freqüentes, como o que ocorreu em um programa da Rede Tv: Hyper QI. A chamada, que anunciava o prêmio de 6 mil reais ao vencedor de uma gincana, mutilou a língua portuguesa ao apresentar o título ”Grande Campionato”. Outro exemplo ocorreu em um programa vespertino da Rede Bandeirantes, quando o gerador de caracteres intitulava a matéria “Golfinho branco de água doce pode sumir do mar”. O erro consiste na contradição evidente, já que a água do mar é salgada, não doce.
A TV aberta atinge todas as classes sociais. Pessoas com um nível maior de escolaridade podem identificar, facilmente, tais absurdos e, então, ignorá-los. E as classes mais humildes? Bom, essas captam a mensagem e aceitam como verdade. Absorvem a informação equivocada, que poderá ser repassada a terceiros que, por sua vez, também poderão tomá-la como verdadeira. Dessa forma, a ignorância do responsável pelo erro será espalhada, causando grandes prejuízos de nível cultural.
Distração, displicência, falta de conhecimento? Muitas podem ser as justificativas para explicar o porquê dessas falhas, porém não são aceitáveis de qualquer modo. Muitos são erros relativamente sutis, no entanto não isentam a emissora da culpa, sobretudo sendo esta aberta, o que sugere não só um alcance maior, mas também uma maior responsabilidade e comprometimento social. Quando um canal é pago, já se deduz que o público alvo tenha melhor renda e, portanto, melhor preparo para discernir um erro desta dimensão.
É fato que as equipes de produção estão cada vez mais despreparadas, e as de edição, negligenciando e subestimando os programas e o nível intelectual de seus telespectadores. São vários os problemas existentes na sociedade atualmente, mas há os facilmente evitados. Uma simples revisão textual ou um menor descaso quanto aos desvios gramaticais ou semânticos na televisão pode ser a diferença entre um aprendizado correto e a propagação de um erro. A linguagem e a comunicação são elementos vitais para a convivência harmônica entre as pessoas e, se a mídia, que é a maior representante da informação, não souber lidar com isso de maneira ética e objetiva, quem conseguirá? A crise do idioma se agrava mais e mais nos meios de comunicação. Quem tomará uma providência?
4 comentários:
Se o nível dos programas já é baixo, o que se esperar das suas manchetes? Infelizmente esse tipo de erro já nem me espanta mais.
Eu chamo isso de total irresponsabilidade; realmente um insulto aos telespectadores, sejam eles de nivel intelectual elevado ou não.
Sim, a qualidade da programação na TV aberta é sofrível, salvo raras exceções. Não que alguns programas da TV a cabo fiquem muito atrás...
Bacana o seu texto e levantando uma questão pra lá de importante, Bruna.
Só tenho uma observação:
"melhor renda" = "melhor preparo para discernir um erro desta dimensão"?
Não necessariamente. Ao passo que Ana Hickman acredita que Getúlio Vargas chegou ao poder com a revolução de 64, um morador de rua me parou outro dia para falar em reforma tributária.
É, aparências e deduções enganam...
Lais, você tem razão, há pessoas escolarizadas, digamos assim, que são imbecis, enquanto "pessoas mais humildes" podem se interessar por esses assuntos e tratá-los com mais seriedade. O que eu falei no texto foi de modo geral, o que não significa que aquele que tem uma faculdade é um intelectual e o que não tem é um ignorante, de forma alguma!
Obrigada pelo comentário!
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